CORREÇÃO: A Escola Municipal de Ensino Fundamental Dolaimes Stedile Angeli fica no bairro Centenário, e não no bairro Cinquentenário. A informação incorreta ficou publicada das 20h54min do dia 29/08/2022, até as 13h32min de 30/08/2022. O texto já foi corrigido.
Entre as 108 demandas apontadas pelas comunidades da zona norte de Caxias, durante a sexta edição do Câmara Vai aos Bairros, saúde, educação e transporte foram elencadas como prioridades para a região. No encontro, que reuniu cerca de 150 pessoas na última quinta-feira (25), também foram abordadas reivindicações antigas e muito conhecidas do poder público, como a reativação do quartel do Corpo de Bombeiros da Zona Norte, a construção de uma capela mortuária e mais médicos nas unidades básicas de saúde (UBSs).
Na lista de requerimentos, a maior parte inclui, além da Visate, as secretarias da Educação, Saúde e Obras da prefeitura. A falta de leitos e de médicos especialistas nas UBSs teve bastante atenção da comunidade, que também pede manutenção estrutural das unidades. Assim como ocorreu nas outras edições, a melhoria do transporte público é uma necessidade da Zona Norte. Os moradores pedem ampliação de horários dos ônibus que passam nos bairros Vila Ipê, Santa Fé e Colina do Sol, além de novas linhas de transporte que possam atender aos alunos no Instituto Federal de Educação, no bairro Fátima.
Mais segurança na entrada e saída das escolas
Na área da educação, professores e diretoria das escolas sinalizam a necessidade de mais segurança no entorno das instituições, mais vagas geridas pelo município e manutenção das instituições. Os moradores também pedem a construção de escolas infantis nos bairros da Zona Norte.
A necessidade de rondas nos horários de entrada e saída da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dolaimes Stedile Angeli, no bairro Centenário, foi algo apontado pela professora e vice-diretora da escola, Morgana Honorato. Ela explica que também é urgente mais atenção com a escola aos finais de semana, por conta de atos de vandalismo na instituição.
A diretora da escola, Isabela Canali Santos, também ressalta que, além dos finais de semana, a entrada e saída dos alunos em dias de semana deve ser acompanhada de mais segurança.
— Nós sabemos toda a questão do contexto, da violência, da drogadição. A gente sente a necessidade de alguém acompanhando esse entorno da escola até para impor um pouco mais de respeito e de um olhar atento a essa questão da segurança das nossas crianças e da comunidade como um todo. Nós tentamos garantir o máximo de segurança porque entendemos que a escola tem que ser um local seguro, mas conseguimos isso dentro da instituição, na parte de fora não temos controle — afirma a diretora.
A reforma imediata do telhado da escola também é uma das prioridades elencadas pelas diretoras. Elas contam que, pelo ginásio ser um dos maiores da região, alguns eventos públicos também acontecem ali. Nesse caso, a prefeitura solicita o empréstimo do local.
— Já foram feitos alguns (reparos) paliativos. Já solicitamos várias vezes (a reforma), inclusive na minha gestão e na gestão anterior. Os engenheiros (da prefeitura) vêm e apontam que a única solução seria a troca total do telhado. Como a escola com autonomia não consegue fazer isso, a situação vai ficando cada vez pior. Em dias de chuva, a gente não consegue atender os estudantes no ginásio porque chove muito dentro da quadra. Chegou em um estágio que não existe mais paliativo para ser feito que vá absorver isso — relata Isabela.
No Cânyon, rua sem calçada e asfalto
A população que vive na Rua das Pedras, no bairro Cânyon, sofre com a falta de calçadas e asfalto. Solicitação antiga da comunidade, a necessidade de melhorias é fundamental para o bem-estar dos moradores. Em dias de chuva, lama e muitos buracos. No verão, a poeira incomoda e entra nas casas à margem da rua.
— Essa rua é bem ruim. Nós precisamos que ela seja asfaltada, mas com um quebra-molas, de preferência. Isso porque as crianças brincam na rua e se torna perigoso. As dificuldades que temos em relação à rua é o difícil acesso de van escolar. Nós contratamos (o serviço) para levar as crianças na escola, mas as vans não vêm aqui na rua, não querem entrar. Precisamos ir até a rua principal para levar e buscar as crianças. Temos que ficar esperando com chuva e com sol. Os caminhões que entram aqui também têm dificuldade pelos buracos da rua, muito barro — argumenta Elisângela de Amorin, 42, moradora da rua há sete anos.
A precariedade da iluminação pública na Rua das Pedras e o fechamento de um valo com uma tubulação de esgoto também foram apresentadas aos vereadores.
OS PEDIDOS DOS MORADORES:
- 7demandas para a Codeca, com foco em palestras sobre educação ambiental e recolhimento do lixo que é descartado de maneira irregular.
- 19 demandas para a Secretaria de Obras que incluem calçamento, conclusão de ruas e mais iluminação.
- 10 solicitações sobre a Visate, principalmente, em relação à ampliação de horários de linhas que passam na zona norte e criação de uma linha que atenda aos alunos do Instituto Federal de Educação, no bairro Fátima.
- 23 reivindicações para a Secretaria da Saúde incluindo ampliação de profissionais nas UBSs Vila Ipê, Belo Horizonte, Fátima, Santa Fé, Parque Oásis e Centenário.
- 7 solicitações para a Secretaria de Esporte e Lazer para a criação de uma área de lazer em alguns bairros e loteamentos da região, e revitalização do parquinho do loteamento Colina do Sol.
- 1 requerimento para a Secretaria do Meio Ambiente com foco na capina de becos no bairro Fátima.
- 2 demandas para a Secretaria do Urbanismo em relação à regularização fundiária no loteamento Altos da Maestra, e construção da capela mortuária na Zona Norte.
- 6 solicitações para a Fundação de Assistência Social (FAS) para a criação de um centro de convivência e fortalecimento de vínculos em bairros mais distantes do CRAS Norte, além de projetos sociais e esportivos para crianças e adolescentes.
- 7 demandas para a Secretaria de Segurança solicitando mais fiscalização na comunidade.
- 1 requerimento para a Secretaria da Habitação sobre problemas estruturais nas casas construídas no loteamento Millenium.
- 2 reivindicações para o Samae sobre a continuidade da canalização de água pluvial na Rua Caetano de Melo Filho até a esquina c0m a Rua Avelino Antônio de Souza, no Fátima, e fechamento de vala de esgoto na Rua das Pedras, no Cânyon.
- 3 demandas para a Secretaria do Planejamento solicitando a reativação o quartel do Corpo de Bombeiros da Zona Norte, e criação de um recuo para embarque e desembarque de passageiros no Centro Especializado de Saúde (CES).
- 16 reivindicações para a Secretaria da Educação, como a criação de uma escola infantil, reforma do telhado de ginásio da Escola Dolaimes Stedile Angeli e mais monitoria para crianças com deficiência nas escolas.
- 2 solicitações para o Legislativo caxiense para os vereadores cumprirem as leis, e a criação de um projeto para desburocratizar os pedidos e demandas da população.
- 2 requerimentos para a prefeitura de Caxias do Sul denominar ruas de entrada e saída do loteamento Brandalise, e dar resposta sobre demandas protocoladas.
- Total: 108 demandas
