A experiência de quem participa desde a primeira gestão do atual grupo que comanda a prefeitura atualmente, há 12 anos, deve ser a principal arma do pedetista Edson Néspolo. O candidato, que venceu o primeiro turno da eleição para prefeito, promete comparar sua trajetória com a do oponente e mostrar quem está melhor preparado para governar Caxias do Sul nos próximos quatro anos.
– Agora é hora de confrontar, de mostrar que tem uma candidatura que vai revolucionar, mas que experiência ela tem, o que administrou? Essas confrontações que vamos fazer a partir de agora. E onde administrou? Que resultados teve? Onde nós administramos, como foi? Quais os resultados? – diz.
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Néspolo acredita também que a diferença de mais de 33 mil votos – ele conquistou 102.044 _ o colocam em vantagem em relação a seu adversário, Daniel Guerra. A expectativa, segundo ele, é de crescer ainda mais neste segundo turno, levando em conta que, no primeiro, a candidatura arrancou em quarto lugar e acabou ganhando o primeiro turno.
Além disso, Néspolo destaca que a eleição com apenas dois candidatos tende a favorecê-lo, já que são quatro candidatos a menos fazendo oposição
– Agora é uma situação muito melhor para nós. Nós tínhamos cinco concorrentes, e todos muito críticos, praticamente todos contestando a nós.
A princípio, o candidato não pretende procurar os partidos que ficaram de fora do segundo turno, mas frisa que está aberto para conversas. Se algum candidato derrotado quiser apoiar a sua candidatura, será bem vindo. Néspolo também quer, ao longo do segundo turno, reafirmar os compromissos do primeiro: de reformas necessárias na administração municipal.
O que farão os outros partidos neste segundo turno:
Rede: a direção da Rede Sustentabilidade reúne-se nesta terça-feira, à noite, para decidir se irá apoiar algum candidato no segundo turno.
PSOL: uma reunião será realizada, provavelmente nesta semana, para definir a postura do partido no segundo turno. A presidente do PSOL, Anaí de Souza, acredita que a tendência é pela neutralidade. O PSOL encontra-se em campo ideológico oposto tanto ao PRB como à grande maioria dos partidos que integram a coligação governista.
PT: o partido deve reunir a Executiva nesta semana e, posteriormente, convocar o diretório para uma definição. O candidato Pepe Vargas disse logo após a eleição que não pretende apoiar nenhum dos dois candidatos.
PCdoB: a sigla deve realizar uma reunião nesta semana para avaliar o resultado da eleição. O PCdoB participou do secretariado do atual prefeito Alceu Barbosa Velho. Ao mesmo tempo, o partido foi contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e os dois candidatos que passaram para o segundo apoiaram o impeachment. Este é um complicador.