A Polícia Civil já ouviu 15 pessoas sobre a chacina no Bar dos Amigos, em Bento Gonçalves, ocorrida na noite de 7 de junho. Durante a investigação, uma das testemunhas procuradas pelos investigadores se tornou uma das vítima do mesmo ataque. Na ocasião, o homem estava dentro do bar e levou um tiro na perna. Ele foi socorrido antes da chegada dos policiais e teve apenas ferimentos superficiais.
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O delegado Álvaro Becker, que lidera a força-tarefa para esclarecer a chacina, analisa se as demais pessoas que estavam no bar durante o ataque, e não foram atingidas, também podem ser enquadradas como vítimas de tentativa de homicídio. Segundo a Polícia Civil, pelo menos outras cinco pessoas estavam no local: a proprietária e quatro clientes. Contudo, no momento, o foco está na identificação dos autores dos tiros.
— Estamos juntando algumas coisas, mas preferimos nos manifestar mais para frente. Estamos avançando e não queremos perder o foco — comenta o chefe da investigação.
Seis policiais estão mobilizados especificamente para esclarecer esta que foi a maior chacina da história da Serra.
A chacina
O crime é relacionado a disputa entre duas facções pelo domínio de pontos de vendas de drogas no município.
Conforme a investigação, seis homens em um carro Sedan prata participaram do ataque na Rua Lajeadense, no bairro Municipal. O bando vestia moletom com capuz e utilizou pistolas calibre 9mm. De acordo com o delegado Becker, foram mais de 70 tiros.
Os mortos foram identificados como Roger da Silva Cabral, 18 anos, Lucas Joel Ferrão, 30, e Cristian Soares Teixeira, 28, e os irmãos Robert da Silva Ribeiro, 22, e Matheus da Silva Ribeiro, 23. Apenas Matheus não possuía antecedentes criminais.