A prefeitura de Santa Tereza ainda aguarda o repasse de valores pelo Governo Federal para a contratação da empresa que fará o projeto de restauro de um prédio histórico que desabou na última semana. A edificação, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), fica na Rua Tiradentes, em frente à Praça Massimiliano Cremonese, próximo da Igreja Matriz. A estrutura é conhecida na região por ter sido, originalmente, uma antiga escola particular.
De acordo com a prefeita Gisele Caumo, o município conseguiu aprovar um projeto de restauro da edificação junto ao Governo Federal antes mesmo do desabamento do telhado e um pedaço da estrutura lateral. No entanto, até o momento, não recebeu o repasse. Esse foi o único dos três projetos cadastrados juntos ao Novo PAC Seleções que foi contemplado, e busca a requalificação do local para a criação do Museu Municipal.
— Nós temos o projeto aprovado, porém o recurso ainda não foi liberado. O município não tem condições financeiras, recursos próprios para arcar com o restauro que está estimado, de forma superficial por profissional técnico, acima de R$ 2 milhões — afirma a prefeita.
Como o imóvel que desabou não foi atingido diretamente pela cheia do Rio Taquari em setembro do ano passado — a primeira de uma série de enchentes que a cidade enfrentou até junho de 2024 —, ele não chegou a ser vistoriado pelo Iphan em visita realizada no ano passado.
O superintendente do Iphan no Rio Grande do Sul, Rafael dos Passos, confirmou que está agendada para quinta-feira (12) uma reunião com a prefeitura de Santa Tereza e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) para definir quais ações emergenciais podem ser feitas na edificação. Segundo ele, a liberação dos recursos pelo PAC Seleções ainda está no processo de análise de documentação.
— É claro que agora, com o desabamento, vamos ter que tratar com o município. Vamos para a cidade, junto com o órgão estadual, o Iphae, que também tombou essa edificação, para também fazermos uma vistoria nela. Ela vai demandar projeto e obra emergencial de estabilização que, muito provavelmente, não pode aguardar os termos do PAC Seleções — explica.