Após a Justiça ter indeferido o pedido inicial para a instalação de um conjunto de semáforos na RS-122, no acesso ao bairro de Forqueta, a prefeitura de Caxias do Sul vai recorrer da decisão. A negativa da ação do poder público contra a Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), que administra a rodovia por meio de concessão com o Governo do Rio Grande do Sul, ocorreu na segunda-feira (12).
Em áudio encaminhado à imprensa, o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico disse que está ocorrendo um "jogo de empurra entre a CSG e o próprio órgão controlador do Estado, e colocando a população de Caxias do Sul, especialmente quem precisa acessar a comunidade de Forqueta, em risco total". Além disso, destacou que causou "estranheza" o indeferimento por parte da Justiça.
— Já determinei que a procuradoria-geral do município que recorra da decisão porque não é possível. Nós temos semáforos controlados pelo município na área urbana, tanto na BR-116, como na RS-122 e a RS-453 — diz Adiló.
Na segunda-feira (12), a CSG iniciou obras, a pedido do governo do Estado, para a reabertura de um retorno na RS-122 no km 64, próximo ao posto do Grupo Rodoviário de Farroupilha. A estrutura deve servir como alternativa ao acesso a Forqueta. A concessionária não dá um prazo para conclusão da obra.
Relembre o caso
O plano para instalação do semáforo por parte da prefeitura foi anunciado em 29 de julho. Após uma reunião realizada com o diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o prefeito de Caxias, Adiló Didomenico, disse que daria o prazo até 30 de julho para um retorno da concessionária sobre o projeto dos semáforos.
Como não havia recebido a resposta, determinou a instalação. Ele reiterou que as conversas com a CSG se iniciaram ainda em fevereiro e que o projeto foi protocolado em abril no governo do Estado.
No dia 31 de julho, durante a manhã, a prefeitura iniciou a instalação. Um poste foi colocado no km 64. O objetivo era que, após a secagem do concreto, as placas com sinais luminosos fossem instaladas. Porém, durante a tarde, funcionários da CSG tentaram retirar a haste. Eles foram impedidos por moradores.
Nesta tentativa, prefeito e representantes da CSG acabaram tendo uma conversa informal. Do encontro, surgiu uma reunião realizada no início de agosto entre a prefeitura, representantes da CSG e do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM). Porém, o chefe do Executivo disse que não houve avanço na permissão para a instalação da sinaleira, e determinou que a PGM ingressasse com um processo na Justiça, pedido que foi rejeitado judicialmente nesta segunda-feira (12).Nesta terça, a prefeitura informou que recorrerá da decisão.