A Procuradoria-Geral do Município (PGM) de Caxias do Sul reúne informações em conjunto com secretariais municipais para ingressar com a ação na Justiça contra a concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) para a instalação de semáforos no acesso ao bairro Forqueta, no km 64 da RS-122. A prefeitura tentou instalar a sinaleira no trecho na última quarta-feira (31), mas foi impedida pela concessionária, que administra a rodovia.
De acordo com o procurador-geral do município, Adriano Tacca, estão sendo solicitados dados técnicos dos equipamentos a serem instalados, fotos e vídeos que demonstrem a gravidade e a necessidade de serem colocados semáforos no local, além de índice de acidentes no trecho. Segundo ele, essa etapa é uma obrigação do processo.
Tacca afirma que essa solicitação é tratada como prioridade na PGM e, assim que os dados forem compilados, o município ingressará com a ação na Justiça. No entanto, não repassou um prazo.
Procurada novamente pela reportagem, a CSG não se manifesta sobre a decisão da prefeitura de Caxias. O posicionamento da concessionária, em nota, é de que busca uma solução para o acesso a Forqueta: "A CSG está buscando uma medida de curto prazo para amenizar a situação do acesso ao bairro Forqueta e vai solicitar junto ao Poder Concedente a antecipação da rotatória alongada, que está prevista em contrato para 2026, visando a solução definitiva".
O objetivo da prefeitura era de instalar também um conjunto de semáforos em outro ponto da RS-122, em frente à Fundação Marcopolo.
Relembre o caso
O plano para instalação do semáforo por parte da prefeitura foi anunciado ainda na última segunda-feira (29). Após uma reunião realizada com o diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o prefeito de Caxias, Adiló Didomenico disse que daria o prazo até a terça-feira (30) para um retorno da concessionária sobre o projeto dos semáforos.
Como não havia recebido a resposta, determinou a instalação. Ele reiterou que as conversas com a CSG se iniciaram ainda em fevereiro e que o projeto foi protocolado em abril no governo do Estado.
Na quarta de manhã, a prefeitura iniciou a instalação. Um poste foi colocado no km 64. O objetivo era que, após a secagem do concreto, as placas com sinais luminosos fossem instaladas. Porém, durante a tarde, funcionários da CSG tentaram retirar a haste. Eles foram impedidos por moradores.
Nesta tentativa, prefeito e representantes da CSG acabaram tendo uma conversa informal. Do encontro, surgiu a reunião realizada na sexta entre a prefeitura, representantes da CSG e do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) se reuniram para discutir o assunto. Porém, o chefe do Executivo disse que não houve avanço na permissão para a instalação da sinaleira, e determinou que a PGM ingresse com um processo na Justiça.