Equipes do Corpo de Bombeiros e da Marinha seguem procurando por Antônio Henrique Lotis, 45 anos, nas águas do Rio das Antas, entre Bento Gonçalves e Cotiporã. Ele estava em um barco com outras três pessoas, dois adultos e uma criança de 10 anos, quando a embarcação virou no dia 29 de junho, por volta de 15h30min.
Há 15 anos Lotis se relaciona com Elizabete da Anhaia Pozza, 58. O casal mora na comunidade São Roque, em Bento, mas, segundo ela, eles têm um sítio em Cotiporã e o marido trabalha como pedreiro naquela cidade. Elizabete conta que, no sábado em que sumiu, Lotis e a filha dele, Vanessa, e o neto, um menino de 10 anos, estavam em Cotiporã, enquanto Elizabete e a filha dela o aguardavam em Bento. Essa foi a segunda vez, segundo a mulher, que o companheiro atravessava o rio com esse barco pequeno. Nas demais vezes, fazia o trajeto entre as duas cidades de carro, passando por Caxias do Sul. De acordo com Elizabete, esse serviço, de atravessar o rio de barco, é oferecido desde que a chuva de maio levou a ponte entre Bento e Cotiporã.
— Não conheço o rapaz que faz esse serviço, sei que ele cobra. Me disseram que naquele sábado tinha muita gente no barco, quatro pessoas, e o barco não suportou e virou. Lotis sabia nadar, mas ele se apavorou quando viu o neto na água gritando. Quando uma pessoa em outro barco chegou pra ajudar, ele empurrou o neto para perto dela e afundou. As pessoas viram que ele afundou e não subiu mais — relata Elizabete.
A família entra em contato diariamente com os bombeiros em busca de notícias de Lotis. Elizabete ainda tem esperanças de encontrar o marido com vida, já que ele sabia nadar.
O capitão do Corpo de Bombeiros, Gustavo Kist, diz que no ponto onde o homem desapareceu, o rio tem uma profundidade de 12 metros e a correnteza está acima do normal devido à chuva. As buscas seguem por rio e terra, segundo o capitão. A 1ª Delegacia de Bento Gonçalves investiga o caso.