Diversidade de cores, rabinhos abanando e muitas histórias de amor. O primeiro Encontro de Vira-Latas no Shopping Villagio Caxias do Sul, realizado na tarde deste domingo (21), celebrou a diversidade dos cães sem raça definida e os laços de carinho entre os pets e os seus tutores.
A raça perfeita. É assim que Claudia Gonzales, 43 anos, simplifica a razão para gostar tantos dos vira-latas. Tutora de Amora e Preta, ela conta que as cachorrinhas foram quem escolherem os donos.
— A Preta tinha sido devolvida por fazer muita bagunça. Quando encontrei ela, estava amarrada na chuva. Eu vi aquilo e adotei. A Amora seguiu meu namorado no pátio do trabalho e ficou por ali. Ela estava doente, tratamos e ela está com a gente até hoje. Para mim, os vira-latas são os melhores. Eles se adaptam muito bem e são extremamente agradecidos por terem um lar — conta.
Há também aqueles que têm predileção pelos cães sem raça definida. É o caso de Amanda Facchin, 31, que é tutora de Maia. Quando perdeu outra companheira canina que tinha sido adotada, a jovem decidiu que iria abrir o lar, e o coração, para uma nova companhia.
— Falei para um vizinho que queria adotar um cachorrinho e uma conhecida dele tinha uma cachorra com cria. Peguei a Maia ainda filhotinha, precisava dar água para ela na seringa. Mas, em pouco tempo, ela virou o xodó da casa. Sou suspeita para falar porque nunca comprei animais, mas a adoção te traz um amor incondicional.
E é justamente esse perfil de adotante que o Instituto Patinhas busca sensibilizar. A entidade também participou do Encontro de Vira-Latas comercializando os produtos da entidade para arrecadar fundos e custear o cuidado dos mais de 100 cães e gatos que estão sob tutela da instituição.
Conforme a integrante da entidade, Estela Elsemann, o número de adoções aumentou no período após a catástrofe climática no Rio Grande do Sul. No entanto, a entidade ainda conta com uma quantidade significativa de animais que precisam de uma casa.
— Temos muitos cães e gatos resgatados de Canoas e Cruzeiro do Sul. A maioria deles são sem raça definida, em portes diversos, do pequeno ao grande. Quem quiser ter um amigo novo basta procurar o Instagram do Instituto Patinhas e entrar em contato. Os possíveis adotantes irão passar por um processo e uma entrevista para que a adoção seja feita de forma responsável — explica.
Durante a tarde, o evento atraiu dezenas de animais, que se concentraram no espaço pet. Ao lado, o DJ Hood animou o encontro ao som do hip-hop, e o artista Roger Zortea pintou ao vivo um painel tendo os cães como tema central.