
Quando os fogos estouraram no céu de Copacabana na noite de sábado, 3 de maio, emocionando uma das maiores artistas do mundo, havia mais do que um show histórico para se comemorar. A cantora Lady Gaga fez na cidade do Rio de Janeiro a maior performance solo de uma artista mulher no planeta. As autoridades estimaram presente uma multidão de 2,1 milhões de pessoas.
Como se os números não fossem superlativos o suficiente, vale olhar com atenção para os impactos econômico e de imagem, para uma cidade já chamada de maravilhosa. Foram R$ 600 milhões gerados para a economia local. Isso inclui gastos com hospedagem, alimentação, transporte e consumo em geral. É uma cifra louvável, em um período menos aquecido para o turismo.
O caso Gaga é uma oportunidade para olharmos para a autopromoção de nossa capacidade
Quanto à imagem da capital carioca, a repercussão é espetacular. O show se tornou assunto no mundo tudo, com manchetes em todas as línguas, além de imagens espalhadas pelas redes sociais, com altíssimo engajamento. E aqui há algo poderoso: antes mesmo de acontecer, a divulgação do espetáculo produziu uma publicidade gratuita para o Rio, estimada em US$ 48 milhões (aproximadamente R$ 280,5 milhões). O valor ultrapassaria algo como R$ 1 bilhão (pós-show), reforçando a cidade como um destino turístico global.
O caso Gaga é uma oportunidade para olharmos para a autopromoção de nossa capacidade. Não há como atrair o que vem de fora se não mostrarmos o que temos de melhor, se não provarmos que sabemos fazer, que somos competentes. Deu tão certo que o prefeito Eduardo Paes confirmou shows nos anos seguintes. E de lá partiu para Los Angeles para, desta vez, buscar investimentos para fazer do Rio o maior polo de data centers da América Latina.
De novo, expor para atrair. Atrair para crescer.
Daí a relevância de acompanhar mais um movimento do Rio Grande do Sul para se apresentar a líderes globais como um local atrativo para investimentos. Falo da Brazilian Week, que acontece a partir desta segunda-feira (12) em Nova York, e que pela primeira vez em seu calendário terá um dia voltado ao nosso Estado, o “RS Day”.
— Vamos apresentar o Rio Grande, mostrando a nossa reconstrução (pós-enchente) e todo nosso portfólio de PPPs e concessões. É para chamar o pessoal para investir — destacou o governador Eduardo Leite.
Serão dias intensos com a oferta de oportunidades de investimento. Não temos as areias de Copacabana, mas somos um Estado forte, com as finanças organizadas e uma capacidade única para se reerguer.