Reunidos no Centro Integrado de Operações de Caxias do Sul (Ciop), o prefeito Adiló Didomenico e representantes das forças de segurança da cidade realizaram uma coletiva de imprensa para divulgar o balanço dos trabalhos realizados nesta quinta-feira (2) para amenizar os impactos causados pela chuva que atinge a região nos últimos dias. O encontro ocorreu na data em que o município decretou estado de calamidade pública em função dos estragos gerados pela enxurrada.
Conforme os números divulgados pela prefeitura, 130 pessoas estão nos abrigos oferecidos para acolhimento temporário. Cinquenta delas estão em um ginásio do bairro São Caetano, 50 no ginásio do Sesi e 30 no Centro Comunitário de Forqueta, que concentra moradores de uma comunidade indígena. Além delas, cerca de 120 permanecem em áreas de risco e aguardam resgate em vários pontos de Caxias, mas a dificuldade de acesso não deixa os bombeiros retirá-las dos locais críticos.
No comando dos trabalhos, o prefeito salienta que o período de recuperação dos prejuízos será longo, e que a união de esforços tem feito a diferença para amenizar o cenário crítico.
— Não é coisa para dois meses, três meses. Isso também nós precisamos que seja divulgado, porque quando tiver duas semanas de sol, já começam a xingar os órgãos. Nós estávamos conseguindo estabelecer a normalidade das enchentes de setembro e novembro, mas, infelizmente, agora voltamos a um quadro jamais visto no município de Caxias do Sul. Eu moro aqui há 54 anos e duvido que alguém tenha presenciado um desastre climático com um poder destruidor como nós temos agora — lamenta Adiló.