Um relatório indicando que 47 residências devem permanecer interditadas em Galópolis e na Vila São Pedro, em Vila Cristina, foi entregue ao prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, nesta sexta-feira (24). O documento foi elaborado pela equipe da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), em parceria com o Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ).
Desde o dia 17, a identificação de áreas de risco em Caxias do Sul passou a contar com reforço de geotécnicos do Rio de Janeiro, com experiência em grandes movimentações de terra, como a ocorrida em 2011 na serra Fluminense, quando 908 pessoas morreram.
Ao todo, são 33 residências em Galópolis e 14 em Vila Cristina que estão em área considerada de risco residual. Esses imóveis devem permanecer interditados enquanto não forem adotadas medidas de contenção e estabilização. De acordo com o levantamento, as ações precisam de avaliação e elaboração por equipes de engenharia. De acordo com a Semma, este é o próximo passo das ações. Na tarde de sexta, a prefeitura iniciou a articulação com as secretarias envolvidas, para execução e captação de verba.
No último sábado, parte das áreas evacuadas puderam voltar a ser ocupadas pelos moradores da região. As áreas interditadas em Galópolis são nas ruas Leonardo Pistorello, Antônio Chaves, José Casa e José Comerlatto, além do Mirante Véu da Noiva e parte do Km 160 da BR-116. Em Vila Cristina, parte da Vila São Pedro também segue interditada.
De acordo com o geólogo da Semma, Caio Torques, a carta de risco remanescente aponta as cicatrizes dos movimentos de massa identificados em campo e por imagens de drone e satélite. As áreas de risco remanescente estão relacionadas ao possível avanço do processo de instabilidade na encosta. O avanço pode ocorrer vertical e lateralmente, podendo alcançar não apenas edificações diretamente atingidas como também outras residências em novas ocorrências de chuva.