Após reuniões realizadas ao longo desta sexta-feira (5), o Hospital Pompéia, de Caxias do Sul, optou em prorrogar o prazo para que o Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (Ideas), contratado pela prefeitura, apresente a escala de médicos que atuará na ala de materno-infantil. A nova data limite é 10 de janeiro.
O prazo anterior se encerrava nesta sexta-feira, quando ocorreram as reuniões entre o Pompéia, o Ideas, o Ministério Público e a prefeitura. Além da escala definitiva, o Ideas deve apresentar todos os documentos que comprovem a habilitação para o serviço.
Caso não ocorra a apresentação da escala e dos documentos, a direção do Pompéia afirma que "serão tomadas as medidas cabíveis". À reportagem, a assessoria informou que, se houver descumprimento, o contrato deve ser rompido. Na quarta-feira (3), a instituição de saúde ameaçou cancelar a cedência do espaço da maternidade. Desde o dia 1º o espaço está sob gestão da prefeitura, de forma terceirizada, entretanto, os serviços só começaram a funcionar, de fato, na última quarta-feira, após iniciar sem médicos.
Em nota à imprensa, o Pompéia destacou também que o Ideas tem o compromisso, até o dia 10, de manter os médicos com plantão 24 horas para atender às gestantes. A reportagem entrou em contato com a prefeitura, através da assessoria de imprensa, que disse que "caso ocorra alguma intercorrência e não seja possível garantir a equipe completa, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) orientará a população sobre onde procurar atendimento".
No final da tarde de sexta, a prefeitura disponibilizou, no portal de transparência, o contrato feito com o Ideas. Com vigência para todo o ano, o valor da contratação é de R$ 16,1 milhões. As obras que ocorrem no Hospital Virvi Ramos para receber a maternidade do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma definitiva na cidade têm previsão de serem concluídas em até nove meses. Até lá, o Pompéia alugou o espaço para a gestão da prefeitura.
