Em alusão ao chamado Maio Laranja, mês dedicado ao combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, o Conselho Tutelar Macrorregião Sul fará uma caminhada em Caxias do Sul, na próxima semana. Aberta à toda comunidade, a atividade tem expectativa de 300 participantes e terá início às 9h do dia 18 de maio, uma quinta-feira, no pórtico da prefeitura com percurso até a Praça Dante Alighieri. Em caso de mau tempo, o evento será cancelado.
De acordo com o coordenador do conselho, Maxwel Abreu, a iniciativa é para trazer visibilidade e conscientização a respeito da importância do tema. Sugere-se que os participantes compareçam com vestimentas ou adereços na cor laranja.
Segundo Abreu, é importante diferenciar o abuso de exploração. O primeiro é uma violência cometida de forma deliberada, enquanto que o segundo tem, de modo geral, um ganho financeiro, benefício material ou até mesmo de trocas, quando a vítima (criança ou adolescentes) é utilizada como moeda de troca.
— No abuso, sempre teremos uma consequência secundária ao trauma, o comportamento retraído, os desenhos indicando o crime ocorrido, o comportamento demasiadamente sexualizado, depressão, ideação suicida e até mesmo a replicação do ato — explicou.
No ano passado, 135 casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes foram registrados pelo Conselho Tutelar Macrorregião Sul. Contudo, estima-se que esse número seja ainda maior, tendo em vista que o conselho está passando pela informatização do sistema de atendimento e migrando para uma sistema mais preciso. A maior parte destes crimes são cometidos no ambiente familiar, fato que, segundo Abreu, acaba causando consequências ainda maiores dentro dos núcleos familiares.
— Os casos de abuso sexual, em sua maioria, são relatados pelas vítimas no ambiente escolar e para amigos e familiares próximos. Alguns casos também são identificados em serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, nos atendimentos nas UBSs e demais equipamentos públicos. Por isso, os órgão públicos têm o dever de prestar uma escuta protegida (quando os depoimentos de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência sejam realizados com o apoio de uma equipe técnica capacitada, evitando o contato com o agressor e a reiteração do depoimento) — finalizou o coordenador.
Como denunciar:
- Disque 100
- (54) 3216-5500 - Conselho Tutelar Macrorregião Sul
- (54) 3227-7150 - Conselho Tutelar Macrorregião Norte
- (54) 98408-0066 - Plantão do Conselho Tutelar