Com pelo menos 23 contêineres queimados apenas este ano, a Brigada Militar (BM) irá atuar em parceria com a prefeitura de Caxias do Sul para identificar os autores dos casos, que estão sendo investigados como vandalismo. Somente na madrugada da última quinta-feira (5), foram contabilizadas 12 lixeiras amarelas danificadas, sendo oito no bairro Jardim América.
A BM participará da investigação através do setor de inteligência, colaborando na identificação dos autores dos atos de vandalismo, para que sejam devidamente responsabilizados. Segundo o sub-comandante da Brigada de Caxias, major Wagner Carvalho, em caso de ocorrência, a corporação será acionada para verificar as imagens de câmera de vigilância, na tentativa de identificar a autoria, e deve intensificar as abordagens através do patrulhamento que já ocorre.
— A dificuldade (de identificar os autores) é grande, até porque esses vândalos se usam da oportunidade, e nós não conseguimos ser onipresentes. Via de regra, essas ocorrências ocorrem durante a noite ou na madrugada. Iremos intensificar a abordagem ao público que circula na noite em busca de algum material ilícito relacionado à queima e que possa realizar o incêndio dos contêineres — afirmou.
Na tarde de sexta-feira (6), o prefeito Adiló Didomenico anunciou também que a Polícia Civil, com apoio da Guarda Municipal e da Secretaria de Segurança Pública, intensificou uma apurada investigação para identificar os autores dos incêndios e, a partir deles, chegar aos mandantes.
Entretanto, localizar os autores dos atos é uma tarefa muito difícil para os órgãos de segurança. Um dos casos raros ocorreu no ano passado, quando um homem foi preso em flagrante ateando fogo a um contêiner no centro de Caxias. Na ocasião, o diretor da Guarda Municipal, Alex Kulman, afirmou que esta havia sido a primeira vez que a corporação conseguiu identificar e prender o autor deste tipo de crime.
Para auxiliar nesta tarefa, o prefeito convocou a comunidade para registrar imagens caso flagre algum ato de vandalismo. As denúncias podem ser encaminhadas para a Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), através do WhatsApp (54) 99215-1788.
— Precisamos do apoio da comunidade, a maior prejudicada por estes crimes contra o patrimônio público, para proteger a Codeca e o Samae — declarou Adiló, que também alertou a população de que a Codeca não tem mais capacidade financeira para seguir investindo em novos contêineres.
Segundo a prefeitura, foram contabilizadas 109 unidades de plástico queimadas no ano passado e 119 em 2021. Cada equipamento custa, em média, R$ 2 mil. Em 2022, a companhia adquiriu 380 novos contêineres amarelos para substituir os vandalizados e avariados.