A situação da rede hospitalar da região é um pouco melhor do que a que enfrenta Caxias do Sul em relação aos leitos de UTI. Das seis instituições que possuem unidades de terapia intensiva em municípios da macrorregião Serra, apenas o Nossa Senhora da Oliveira, em Vacaria se mantém com lotação máxima, segundo o secretário de Saúde do município, Márcio Tramontina. Por lá, o problema também é a falta de profissionais da saúde. Nos demais, a média está igual ou abaixo dos 80%.
O Hospital Tacchini, que vinha com alto percentual de ocupação de UTI, nesta quinta-feira (17) tem 36 pacientes para as 45 vagas disponibilizadas (80%). Na última quarta, eram 42.
No Hospital de Canela, dos 10 leitos de UTI, seis estão ocupados (60%) – quatro em ventilação mecânica e dois em suporte intermediário. Nos leitos de enfermaria, a taxa é menor, cerca de 53%, já que das 15 vagas, oito têm pacientes – três positivos para covid-19 e cinco suspeitos. É o aumento no número de pessoas contaminadas que tem preocupado o setor da saúde, passou de 10 para 35 por dia.
– A situação aqui é bastante preocupante, como em todo o Estado, país e o mundo, mas temos conseguido controlar e atender as pessoas com certa tranquilidade. No Estado, a situação está mais complicada – ponderou o interventor da prefeitura no hospital, Luiz Claudio da Silva.
Em Farroupilha, no Hospital Beneficente São Carlos, a ocupação na UTI está em 70%, conforme a direção, e em 40% na enfermaria. Garibaldi tem sete pacientes em terapia intensiva, ou seja, 70% das 10 vagas ocupadas. Outras 10 pessoas estão em isolamento. O Hospital Arcanjo São Miguel de Gramado não repassou informações até a publicação desta reportagem.
Enquanto isso, em Caxias, a ocupação, que chegou a 94% na quarta-feira, nesta quinta, está em 85% no final da tarde. A queda se deve em parte por causa de pacientes que deixaram a UTI (óbitos e melhoras) e também em função da abertura de cinco novos leitos no Hospital Geral.