Mesmo com autorização judicial para retomada das aulas presenciais em escolas da rede estadual de ensino, os educandários de Caxias do Sul seguem de portas fechadas nesta sexta-feira (6). Isso porque as escolas da cidade passam por uma higienização, que já estava prevista, não sendo possível determinar, ainda, quantas vão aderir ao retorno na segunda-feira (9).
— Vamos nos reunir com as direções das escolas para definir e organizar o retorno. Vamos sempre prezar pela segurança dos alunos, professores e funcionários. Vamos retomar se tiver condições de voltar, com os equipamentos e medidas necessários. Muitas escolas estavam se preparando e já estão bem organizadas. Acredito que na próxima semana, em alguns dias, vamos organizar toda a logística — afirma a titular da 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Viviani Devalle.
A permissão para que o Estado mantenha o cronograma de retomada presencial nas escolas foi garantida nesta quinta-feira (5), quando a Justiça aceitou o pedido da Procuradoria-Geral do Estado para suspender a medida que obrigava a verificação das escolas por técnicos sanitários antes da retomada das atividades. A interrupção na retomada das aulas havia sido solicitada pelo Cpers/Sindicato, por meio de liminar acolhida na tarde de terça-feira (3).
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Conforme o diretor-geral do 1º Núcleo do Cpers, David Orsi Carnizella, que atua em Caxias do Sul, o setor jurídico da entidade avalia possibilidade de recurso contra a determinação desta quinta-feira.
— Ao acolher o pedido de liminar o juiz tinha deixado claro que as escolas não poderiam abrir porque não tinham o acompanhamento adequado. Agora, estão afirmando que a avaliação do COE é suficiente. Acaba sendo uma guerra de versões e quem perde é a comunidade. Na nossa visão, piora tudo porque os próprios colegas ficam sem saber o que fazer. O que queríamos era que as redes de Educação e Saúde estivessem interagindo. Não somos contra a volta, mas que ela seja com um mínimo de segurança.
A medida suspensa determinava a realização prévia de uma verificação da conformidade das escolas estaduais por agente técnico do Estado como condição para a volta as aulas. Na decisão desta quinta, a desembargadora Marilene Bonzanini entendeu que o governo do Rio Grande do Sul é o responsável por estabelecer os protocolos de retorno das atividades escolares para a toda a rede de ensino, e não somente a estadual.