
A regulamentação das plataformas digitais é um tema constantemente debatido, sobretudo quando se trata do acesso de crianças e adolescentes à internet. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, na manhã desta segunda-feira (12), a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, defendeu a imposição de regras e ressaltou que não se trata de cercear a liberdade de expressão, mas sim, cumprir a legislação vigente.
— O ambiente digital não pode ser um ambiente de lugar nenhum, que cada um faz o que quer — afirmou a ministra.
Macaé destacou também o papel e a autoridade dos adultos na proteção de crianças e adolescentes. Ela afirmou ainda que o acesso aos ambientes digitais precisa ser monitorado.
— Isso não significa não respeitar a criança, não respeitar os seus direitos. Mas na relação adulto-criança, nós temos um papel educador. A gente não pode abrir mão deste lugar de educadores. O acesso à internet, o uso do ambiente digital, ele precisa ser mediado — afirmou.
Bolsa Família
Questionada sobre a efetividade do Bolsa Família e se deveria haver um limite de tempo para as pessoas receberem o benefício, a ministra defendeu que o programa é o principal acerto do Brasil no combate à fome e que ele muda a realidade das pessoas.
Macaé disse ainda que no Brasil há uma visão muito preconceituosa sobre a pobreza:
— Tem uma visão de que a pessoa, porque ela é empobrecida, ela é preguiçosa. A gente precisa superar essa visão.
A ministra acredita que o monitoramento realizado pelo governo é suficiente para identificar quem saiu da situação de pobreza e não precisa mais receber o benefício. A titular dos Direitos Humanos ainda afirmou que é a favor do debate da escala de trabalho 5x2.