O projeto de lei que regulamentava a prática da visita de animais de estimação a pacientes internados em hospitais de Farroupilha foi rejeitado por maioria de votos nesta terça-feira. Os vereadores levaram em consideração a posição do Hospital São Carlos, o único da cidade, que não se apresentou favorável à ação neste momento. Os parlamentares também apontaram o parecer da Procuradoria da Câmara que avaliou o projeto como inconstitucional por ter vício de iniciativa.
A proposta foi protocolada em novembro de 2018 pela vereadora suplente Renata Trubian (Rede), que não está mais Câmara. No documento, ela justifica que a ação teria a função de amenizar a angústia e sofrimento dos pacientes internados. Citou ainda que outros municípios já implantaram a iniciativa com base nos benefícios que a relação com os animais geram para a saúde.
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No entanto, a superintendente do Hospital São Carlos, Janete Toigo, afirma que a instituição não teria condições estruturais de receber os pets neste momento. Ela explica que uma sala precisaria ser adequada para o encontro com os pacientes. Outro aspecto é que haveria a necessidade de funcionários para levar o internado até o animal e de um infectologista fazer a avaliação do pet. Janete diz que a posição considerou a avaliação de médicos para este momento, mas diz que no futuro o tema pode voltar a ser pensado.
— O hospital não foi favorável neste momento porque tem outras prioridades. Nós todos amamos os animais e é respeito até em aos animais para não colocá-los em risco — afirma.
A superintendente salienta ainda que a média de internação no hospital é de 3,5 dias, abaixo de outras instituições que oferecem essa possibilidade. O projeto de lei previa que o animal fosse transportado em uma caixa adequada, além de de estar higienizado e vacinado.
O projeto foi rejeitado com 12 votos. Apenas o vereador Raul Herpich (PDT) foi favorável à proposta. O líder de governo Fabiano Piccoli (PT) se absteve. E o vereador Tiago Ilha (PRB) estava ausente.