Em Farroupilha, a intensificação de ocupações no segundo semestre do ano passado e no início de 2017 preocupa a prefeitura. No bairro Industrial, 200 famílias estão instaladas irregularmente na Avenida das Indústrias. O município entrou com uma ação de reintegração de posse. O local se trata de uma Área de Preservação Permanente (APP) e também integra faixa de domínio de empresas de energia elétrica, conforme a prefeitura. As informações são da Gaúcha Serra.
Outros pontos que têm sido alvo de invasões ficam ao longo da antiga linha férrea, em diversas comunidades. Segundo a administração municipal, são cerca de 100 famílias nesses pontos. Próximo à barragem da Corsan da Linha Julieta, também tem outras 30 unidades irregulares.
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A secretária de Desenvolvimento Social e Habitação, Maria da Glória Menegotto, diz que adotou uma política de "tolerância zero" para evitar novas ocupações. De acordo com ela, a situação se agravou no segundo semestre do ano passado. A avaliação é que isso ocorreu por conta da falta de monitoramento. Por isso, a Secretaria contratou um serviço particular para fazer rondas. Caso novas invasões sejam identificadas, equipes da prefeitura e a Brigada Militar são acionadas para intervir.
Na semana passada, duas tentativas de invasão foram frustradas. Em uma delas, o morador disse às equipes que adquiriu o terreno por R$ 6.500. Por isso, a prefeitura emitiu uma nota explicando que a venda dessas áreas é crime e que o comprador contribui para a ilegalidade. Além disso, alerta que empresas que constroem ou fazem melhorias no terreno sem autorização da prefeitura também podem ser punidas.
Conforme a Secretaria da Habitação, Farroupilha tem hoje 2.500 famílias cadastradas no aguardo por unidades habitacionais. Glória diz que projetos tramitam internamente para reduzir o déficit, mas não tem prazo para começar a oferecer opções à comunidade.