Os bombeiros de Caxias do Sul seguem em atendimento na manhã desta segunda-feira, após uma chuvarada que se intensificou por volta das 7h e durou pelo menos uma hora. As ocorrências se concentram nos bairros Pio X, Vale da Esperança, Consolação e São Francisco. Além dos prejuízos causados no trânsito, moradores e comerciantes enfrentaram problemas com a água invadindo moradias e estabelecimentos.
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Um dos trechos mais afetados, e que historicamente registra acúmulo de água, é o bairro Pio X. Para trafegar pela Rua Cristóforo Randon, por exemplo, carros precisavam praticamente parar - e para quem mora por ali, os prejuízos são ainda maiores. A Casa Campeira, na Rua João Spadari Adami, que comercializa artigos gauchescos e rações, não abriu as portas para atendimento nesta manhã.
Os funcionários Sandra Castaldello e Saulo Gabriel Rabadelli estão habituados: é a segunda vez neste ano que é impossível caminhar no interior da loja. A água invadiu e molhou parte dos calçados, documentos e outros itens. O que não foi danificado está posicionado em pedestais que instalados com antecedência, pensando que alagamentos poderiam se repetir.
– Eu já fiquei doente porque houve uma época que andávamos descalços com frequência aqui, já que alagamento é normal – desabafa Sandra.
Quem registrava com uma máquina fotográfica as ruas alagadas era o vizinho Jones Luiz Perin. Morador há pelo menos 70 anos do bairro Pio X, ele lembra de obras inacabadas ou problemas de escoamento da região. Na Rua Alfredo Jaconi, também no Pio X, moradores tentavam remover a água do interior das moradias.
– É a segunda ou terceira vez até agora. Já fizemos obras particulares para tentar amenizar, mas não tem jeito: é a água do Rio Tega que acaba influenciando aqui – afirma o proprietário de uma residência, Paulo Ricardo Kehl.
No bairro Esplanada, moradores estão assustados após a água adentrar em pelo menos cinco moradias na Rua Abramo Benedetti.
– As bocas de lobo estão entupidas. Não fui trabalhar hoje porque tenho medo que chova mais, e a casa fique inundada – desabafa a doméstica Vilma Rodrigues Fernandes, 52 anos.