Cadastramento biométrico antecipado evita filas no Cartório Eleitoral de Caxias do Sul

Com um quarto da meta dos eleitores já cadastrado no voto biométrico e faltando pouco mais de quatro meses para o fim do prazo, a previsão é de filas, muitas filas, à medida em que a data final for se aproximando. Até o último sábado, 73.003 pessoas haviam comparecido ao Cartório Eleitoral de Caxias para inserir as impressões digitais no sistema, requisito obrigatório para se habilitar às próximas eleições. O Cartório espera cadastrar 282 mil digitais dos 332 mil eleitores caxienses até a data final, dia 16 de março.

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O número de recadastrados até agora é baixo, mas, apenas na última sexta-feira, o Cartório conseguiu atrair mais do que 1.366 pessoas, média diária estimada para que se atinja uma meta ainda mais ousada: 299 mil eleitores até o encerramento do prazo. Segundo o chefe do cartório da 169ª Zona Eleitoral, Edson Borowski, atualmente a capacidade é para atender a até 1,5 mil ao dia.

O baixo índice atingido até agora pode ser atribuído à pequena procura pelo agendamento pela internet. Embora sejam oferecidas 505 vagas ao dia, em geral nem a metade é preenchida.

- Imagino que as pessoas não agendem porque passam aqui e não veem fila. Hoje (sexta-feira) foi uma exceção, mas não temos tido fila, a procura está baixa - avisa Borowski.

Parte de quem encarou a fila, que chegou a se aproximar da esquina com a Rua Pinheiro, na sexta, sabia da oferta de agendamento, mas aproveitou o tempo livre para a tarefa, caso da confeiteira Cleci Bernardi, 45 anos:

- Me disseram que não tinha fila quase nunca, então aproveitei que estava passando e vim atualizar.

Apesar da baixa procura tanto pelo agendamento quanto pela fila, Borowski acredita que seja alcançada ao menos uma meta menor, de 265 mil recadastramentos, que considera que 20% dos 332 mil eleitores não compareçam para o compromisso. 

- Vamos reforçar o atendimento para conseguir alcançar a meta média (282 mil). Mas as pessoas podem optar por ir agora, sem sofrimento, ou ir em janeiro, e ter de encarar filas - avisa Borowski.