Você não precisa ser católico, evangélico, protestante, umbandista, muçulmano, judeu, cristão. Você pode nem ter religião. Pode ser ateu ou agnóstico, inclusive. Você não pode, porém, deixar de reconhecer que Jesus é o cara. Para o bem ou para o mal, não há movimento que cometamos que não tenha a marca de Jesus.
O rapaz causou ao elaborar e difundir valores hoje universalmente aceitos, e quem ainda não os aceitou corre risco de se autocondenar a viver na margem. Não questionemos se Jesus pisou ou não pisou a mesma Terra que nós pisamos. Isso é detalhe, passado, trabalho para a ciência comprovar ou descartar. O que importa é o resultado do trabalho de alguns sábios ao compilar as ideias e práticas do rapaz.
Você pode chamar isso de bíblia, de escrituras, de evangelho, de filosofia, o que for, mas a seleta do melhor da produção de Jesus está disponível, ou deveria estar, nas ruas, nas nossas casas, no trabalho, na escola, na nossa cuca. Desde perto do século IV os relevantes movimentos ocidentais trazem a marca de Cristo. E aqui não se está falando só de igrejas, templos, religiões, seitas. Está se falando de conduta, de comportamento, de moral e ética.
Houve equívocos, houve acertos. Houve a condenável inquisição e houve o mavioso canto hippie - cada qual movido por motor próprio, mas tendo a conduta como base. Nossa recorrente busca pela paz individual e coletiva, por exemplo, é um eterno embate com o mistério: por que alguém deseja qualquer coisa, menos paz?
Pois é, eis aí alguns exemplares que caminham à margem, que desafiam o óbvio, que negam o que é bom. Desnecessário listar o legado que o cara assassinado há 2015 anos deixou para nosso mundo tão diverso daquele, avançado mas marchando inexorável ao individualismo. Quem é minimamente esperto, ou que foi preparado para ser esperto, sabe diferenciar o bom do ruim. Jesus é o cara porque suas ideias são do bem. É fácil, pois, ficar à margem da margem. Basta estar esperto. Dica de providência para acertar mais do que errar: descole Jesus das religiões e fixe suas ideias igual ímã na geladeira, visíveis, à mão.
Não tem erro.
Na minha opinião, a Sexta da Paixão é o movimento cristão mais importante para que fiquemos frente a frente conosco mesmo.
Opinião
Gilberto Blume: é fácil ficar à margem da margem, basta estar esperto
Sexta da Paixão é o movimento cristão mais importante para que fiquemos frente a frente conosco mesmo
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