Cinco meses após o furto de tampas de ferro de caixas de fiação de telefonia, a comunidade do bairro Medianeira continua aguardando uma posição da empresa Oi sobre a reposição dos objetos.
Os primeiros delitos ocorreram em janeiro, quando foram furtadas as tampas de duas caixas localizadas nas Rua Cremona e Auxiliadora. Depois, em abril, foi a vez da Rua Machado de Assis receber a ação dos delinquentes, onde as tampas de quatro caixas foram levadas.
- Em um mês, fiz umas seis ligações para a Oi. A resposta era sempre diferente. Uns atendentes diziam que a reposição da tampa seria em 24h, outros em dois ou três dias úteis. Além disso, a cada contato era feito um novo protocolo. Diziam que não havia registro anterior. Um dia apareceu um rapaz aqui e disse que faria contato com uma empresa para repor. Nunca mais voltou - conta o aposentado Osmar Casali, 50 anos, morador da Rua Cremona.
Cansados, os moradores resolveram improvisar. Na caixa da Rua Cremona, foi colocada outra tampa de ferro, além de cadeado e correntes. Na da Rua Auxiliadora, vizinhos providenciaram uma tampa com grades, presa com parafusos. Na Machado de Assis, lajes foram usadas para tampar as quatro caixas.
As tampas, de 60cm x 40 cm, não chegam a ter dois quilos, mas são vendidas a ferros-velhos a menos de R$ 10 por usuários de drogas, que cometem o delito para a compra dos entorpecentes. O Pioneiro entrou em contato com a assessoria de imprensa da Oi, que não manifestou posição até o fechamento da edição.
O Secretário de Urbanismo Fábio Vanin informou que compete à prefeitura a fiscalização do uso do passeio público pelo proprietário, e não o uso de terceiros, como empresas de telefonia.