As lojas de conveniência são chamariz para as turmas que passam a madrugada gritando, ouvindo música no último volume e bebendo nas calçadas em frente a moradias, em Caxias do Sul. Na Rua Frei Pacífico, no São José, por exemplo, as famílias se sentem intimidadas até para entrar em casa. Diante de um problema que se repete a cada verão, as autoridades prometem uma reação organizada.
Confira imagens do bairro São José na madrugada de sábado:
A ideia é usar a estrutura da blitze contra motoristas embriagados para conter as badernas. Brigada Militar, Fiscalização de Trânsito e polícias rodoviárias Federal e Estadual devem concentrar esforços em endereços conhecidos há anos pelas confusões, brigas, racha de veículos, som alto e algazarra.
O 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM) tem operações programadas para este mês e a expectativa é contar com a colaboração da Força Tarefa. Mas o major Jorge Emerson Ribas diz que o trabalho não é simples, porque a cidade reúne mais de uma dezena de pontos marcados pela confusão. Os endereços preferidos dos baderneiros são o Parque da Lagoa, no Desvio Rizzo, a Rua Frei Pacífico, no bairro São José, e calçadas defronte a lojas de conveniência no Centro, Lourdes e São Pelegrino.
- Já existe uma estrutura de blitz e por que não aplicar nesses locais? - pondera o oficial.
A Secretaria de Trânsito agendou barreiras para flagrar motoristas embriagados e outras irregularidades sobre rodas. A expectativa é de que presença de fiscais e da polícia em frente aos points intimide quem sai à noite apenas para provocar arruaças.
- Vamos tentar novamente, é um trabalho de persistência que se repete a cada verão. No caso, a Brigada vai junto para enquadrar quem perturba o sossego alheio - explica o diretor municipal de Trânsito, Jorge Catusso.
Paralelo às blitze, a Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU) notificou lojas de conveniência e um bar da área central na semana passada. A intenção é fazer com que os donos ajudem a conter badernas em frente aos estabelecimentos. De acordo com o secretário Fábio Vanin, a medida não tem caráter punitivo, mas serve de alerta. Se as confusões persistirem, a fiscalização não descarta multar os proprietários.
- São sete pontos onde recebemos reclamações de som alto, bebedeira e outras confusões geradas a partir da abertura dessas lojas. A lei diz que os estabelecimentos devem zelar pela tranquilidade no entorno - diz Vanin.
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