O trecho da Rota do Sol (RSC-453) entre Caxias do Sul e Lajeado Grande, distrito de São Francisco de Paula, foi concluído há pelo menos 25 anos e nunca foi repavimentado nem pelo Estado, nem pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), que já chegou a ter a responsabilidade pela estrada. Normalmente, a vida útil do asfalto é de 10 anos.
Há exatamente uma semana, uma blitz do Jornal Pioneiro constatou pelo menos 233 buracos no trecho, que compreende 52 km. Uma operação tapa-buracos do Daer fechou a maioria.
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A operação tapa buracos é emergencial. O asfalto é o mesmo utilizado na pavimentação de novas ruas: concreto betuminoso usinado a quente, material que exige compactação por rolo.
Entretanto, essa compactação não é realizada em uma operação de emergência. A preparação da base, outro requisito para a maior qualidade do remendo, também é ignorada.
- O tapa-buracos é uma operação para evitar acidentes e melhorar as condições de trafegabilidade. O pavimento está numa situação tão ruim que, no inverno, sobra pouco tempo para fazer a recuperação. As chuvas são constantes - fala o superintende regional do Daer de Bento Gonçalves, Silvio Roberto Pinheiro David.
O inverno ou as chuvas, no entanto, não são os únicos culpados pelos buracos. Por dia, a Polícia Rodoviária Federal estima que 2.500 veículos trafeguem pela Rota do Sol. A conta, porém, não inclui quantas vezes o mesmo veículo anda pela estrada.
Além disso, muitas empresas desrespeitam a capacidade total de carga dos caminhões que transitam pelo local. No Rio Grande do Sul existe apenas uma balança fixa em estradas estaduais, localizada na ERS-122 , em Bom Princípio. O posto foi implantado há 40 anos e opera eventualmente.
Em nota, o Daer informou que está elaborando um Termo de Referência para a construção de um posto para o controle de peso dos caminhões em Tainhas, na ERS-486 (Rota do Sol). Não há informações quanto à possível implantação de um posto na RSC-453.
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