
Uma força-tarefa será criada para vigiar os bondes em dias de passe livre (uma vez por mês) nos ônibus de Caxias do Sul. A medida é uma resposta ao assassinato de um rapaz e às brigas registradas no feriado de 1º de maio na cidade. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira durante reunião do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GCI-M).
A ação tem um motivo: as gangues costumam usar o passe livre no transporte coletivo para ir ao Centro provocar brigas e badernas. No Dia do Trabalho, 11 confrontos entre grupos de jovens aconteceram em Caxias do Sul. A violência começou com a morte de Felipe Francisco Valandro, 22 anos, na esquina da Avenida Júlio de Castilhos com a Rua Visconde de Pelotas, e prosseguiu durante o dia.
A força-tarefa será composta pela Brigada Militar, Guarda Municipal, Polícia Civil, Conselho Tutelar e Fiscalização de Trânsito. De acordo com o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), major Jorge Emerson Ribas, a intenção não é reprimir a presença dos bondes na área central, mas impedir as brigas:
- É preciso que o Estado marque presença. Para isso, é necessário um esforço de todos os órgãos - disse Ribas aos integrantes do GCI-M.
Por outro lado, a Secretaria de Cultura anunciou projeto de atividades culturais para atrair os jovens. A ideia é montar um grupo que faça contraponto às confusões, uma espécie de bonde do bem.
A Secretaria de Segurança Pública e Proteção Social também tentará identificar os integrantes das gangues por meio dos cadastros das Comissões de Prevenção Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (Cipave).
Apesar do Legislativo praticamente não ter debatido a violência dos bondes nas sessões em plenário, o presidente da Câmara de Vereadores, Edson da Rosa (PMDB), colocou a casa à disposição do GCI-M para futuros projetos preventivos.