Os últimos seis jogos do Brasileirão serão decisivos para definir o futuro do Juventude em 2025. E o time alviverde precisa melhorar o seu desempenho. Com a derrota para o Fortaleza na última rodada, o Verdão atingiu o maior jejum de vitórias da atual temporada. São seis partidas sem vencer e somente dois pontos somados.
Além disso, o Juventude alcançou uma sequência negativa inédita neste Campeonato Brasileiro. Pela primeira vez, o Ju sofreu três derrotas seguidas — Palmeiras, Flamengo e Fortaleza. Em três oportunidades, nesta Série A, o Verdão perdeu dois jogos seguidos (Fortaleza e Bahia, Cruzeiro e Cricíuma, Atlético-GO e Inter). No entanto, três derrotas consecutivas é inédito.
— O que a gente pode fazer agora é falar pouco e trabalhar bastante. Tivemos uma troca de comando nos últimos dias. É óbvio que demora um pouco para assimilar a nova filosofia. A partida contra o Fortaleza estava controlada até cometermos, mais uma vez, uns erros individuais. O jogo ficou a feição para eles. Nesse momento, a gente não tem muito o que ficar falando. Precisamos trabalhar e assimilar o mais rápido possível a metodologia do nosso novo treinador e ter coragem e personalidade — avaliou o volante Jadson.
O meio-campista está na sua quarta temporada no Juventude. Neste período, tornou-se peça importante, sendo titular. Além disso, participou de momentos importantes do clube como a permanência na Série A em 2021, o rebaixamento no ano seguinte e o acesso no ano passado. Experiências com a camisa alviverde não faltam para encontrar o diagnóstico e buscar a recuperação nos seis jogos restantes do Ju no Brasileirão.
Mesmo com a derrota para o Fortaleza, o Juventude segue com boa campanha como mandante na competição nacional, com um aproveitamento de 54,2%. No entanto, longe de casa, o Ju é o pior visitante com apenas oito pontos em 16 partidas.
— Desde quando a gente entrou na zona de rebaixamento, todos os jogos são finais para nós, principalmente em casa. A gente sabe que na competição a gente tem tido dificuldade para somar pontos fora de casa, então esses jogos em casa são extremamente importantes. Mas é óbvio que um time que está na zona de rebaixamento precisa ter a cabeça no lugar e convicção daquilo ter sido feito — comentou Jadson.
Na 26ª rodada do Brasileirão, quando venceu pela última vez, 2 a 1 no Fluminense, o Juventude estava na 12ª colocação. No entanto, a sequência de derrota para o Vitória, empates com Bragantino e Vasco, e as três derrotas para Palmeiras, Flamengo e Fortaleza, fizeram o Verdão ingressar na zona do rebaixamento e estar na 18ª colocação.
— Incomoda, porque gente estava fazendo um campeonato bem seguro, Só que aí, por algumas circunstâncias que a gente acaba não controlando, a gente começou a cair de desempenho. Nós nos colocamos nessa situação. Precisamos ter a cabeça no lugar, entender que o nosso torcedor nesse momento fica chateado e com razão, porque esteve acostumado a ver um time que jogava de uma maneira diferente, que batia de frente com todos os times, seja dentro ou fora de casa. Então, assim, a gente precisa ter a cabeça no lugar e ter responsabilidade daquilo que nós fizemos e que temos que fazer nesse momento — afirmou o volante.
Momento amargo
Até o dia 15 de setembro, quando o Juventude venceu o Fluminense por 2 a 1, a temporada era dentro do planejado. Finalista no Gauchão, chegou nas quartas de final da Copa do Brasil e estava com a campanha segura no Brasileirão. No entanto, a partir daí, nenhuma vitória e o time começou a viver a má fase.
— Para mim, tem sido um momento amargo. Eu acho que cabe essa palavra, porque fizemos um ano muito seguro. Chegamos na final do estadual, chegamos em uma posição na Copa do Brasil que eu acho que a gente deveria ter ido ainda mais longe, sim, a gente estava com o ano bem encaminhado e nós mesmos nos colocamos na situação. É difícil acreditar que a gente chega num momento como esse da temporada com o moral do time tão em baixo. E futebol conta muito o mental. A gente precisa ter coragem, principalmente de nós líderes agora nesse momento — finalizou Jadson.