Vale mais do que três pontos. Quando o Caxias pisar no gramado do Estádio Centenário, a partir das 16h30min de domingo (2) para encarar o Figueirense, algo certamente passará na mente dos atletas. O período de 35 dias sem jogos devido às enchentes no Rio Grande do Sul ficou pra trás, deixando um rastro de tristeza e, ao mesmo tempo, de esperança a todos.
E como se não fosse o suficiente para mexer com o emocional de todos, da arquibancada, o sentimento único do torcedor estará concentrado em tudo que envolve o confronto com os catarinenses.
Afinal, para o torcedor grená, o embate entre os dois em 2001 resultou numa das mais tristes páginas da história do futebol brasileiro. Ele viu o time perder a vaga à Série A, nos tribunais, após um jogo que não teve fim, ao menos na memória. Peso que caberá aos atletas assimilarem da melhor forma quando a bola rolar.
— A gente de certa forma carrega, por estar representando o clube, obviamente, algumas coisas que aconteceram no passado. Mas esse é um fator tão antigo, que a gente não leva isso pra dentro de campo — avaliou o lateral Dudu Mandai.
O técnico Argel também endossou o discurso de seus atletas sobre a história que envolve o duelo entre Caxias e Figueirense.
— Nós somos profissionais, além do mais, isso aconteceu lá em 2001, faz 23 anos. Então a gente tem que fazer o nosso trabalho e respeitar o adversário. Não temos que nos apegar em outras coisas, não é isso que vai fazer a gente correr mais ou menos — apontou o técnico.
E dentro de campo, a resposta deve vir com a primeira vitória do Caxias na Série C. A equipe somou apenas um ponto, após duas rodadas. Zé Carlos será mantido no gol, mesmo com a recuperação de Thiago Coelho. Galvan entra no ataque, ao lado de Álvaro. E a única dúvida está entre Lucas Cunha ou Cézar Henrique na zaga, ao lado de Dirceu.
— Sabemos da importância desse jogo, da nossa reestreia. A importância da gente colocar o nosso DNA na competição novamente. Infelizmente, essa parada prejudicou um pouco, mas isso aí não é desculpa — apontou Álvaro.
A provável formação do Caxias deverá ter: Zé Carlos; Marcelo, Dirceu, Lucas Cunha (Cézar Henrique) e Dudu Mandai; Barba, Pedro Cuiabá, Emerson Martins e Tomas Bastos; Galvan e Álvaro.
