Chegou a hora de reagir. No domingo (28), diante do Botafogo, em João Pessoa-PB, será apenas a segunda rodada do Campeonato Brasileiro da Série C, mas o Caxias já tem que dar uma resposta à torcida depois da péssima impressão deixada na estreia, com a goleada sofrida para o Athletic. E ninguém melhor do que alguém que já viu o clube viver altos e baixos e dar a volta por cima para falar sobre o aprendizado deixado na partida passada. É o caso do experiente zagueiro Dirceu, de 36 anos.
— Agora cabe a nós aprendermos que a cada lição no futebol tem o próximo jogo, que tem o mesmo valor na perspectiva do campeonato e na tabela. Passa a ter uma importância um pouquinho maior para nós, mas essa é uma consciência que nós temos dentro do grupo. Já foi conversado, acho que não é terra arrasada, muito pelo contrário. É sim um ponto, um marco. Ali, onde infelizmente nós não precisávamos passar, e o futebol é assim. É levantar a cabeça e seguir trabalhando forte — apontou o defensor.
Dirceu ainda destacou aquilo que considera ser o mais importante para que cada atleta dê o resultado já no próximo fim de semana.
— Independentemente do nível que você esteja, em uma Copa do Mundo, Primeira Divisão, Premier League, até mesmo no campeonato regional, a reação é o que difere. Então essa é a maior preocupação. O Caxias historicamente mostra essa força, consegue essa virada de chave. Temos jogadores bem maduros para absorver isso.
O que difere os grandes profissionais é a maneira que cada um reage ao erro, porque todos erram.
DIRCEU
zagueiro do Caxias
Contra os mineiros, Dirceu fez apenas a terceira partida pelo Caxias na temporada. Diante do Brasil-Pel, pelo Gauchão, o zagueiro teve uma fratura rara na região do intestino e desfalcou a equipe até a primeira rodada da Série C, quando voltou a campo no segundo tempo. Mas, durante o Estadual, ele se transformou numa espécie de auxiliar de Argel, incentivando e orientando os atletas direto do banco de reservas.
Diante do Botafogo-PB, no domingo, apesar de ainda não confirmar a escalação, o técnico Argel deve promover a entrada do defensor ao lado de Cézar Henrique. Será a primeira de uma série de mudanças que se desenha no time e que passam por todos os setores.
— Estou me sentindo muito bem no dia a dia, nos treinamentos, já me sinto confortável e apto para estar me dedicando. Obviamente, não gostaria que minha volta fosse da maneira que foi, mas se fez necessário. Eu tenho comigo uma máxima dentro do nosso vestiário: o nós sempre à frente do eu. Se for bom pro Caxias, a gente vai fazer, e a minha maneira de ajudar naquele momento era essa, conversando e transmitindo confiança, corrigindo algumas coisas que porventura pudesse ver — revelou o zagueiro, que ainda completou:
— Não sei o que vai vir pra frente. Não sei quais serão as opções do Argel, mas eu tenho certeza, porque pela conversa que tivemos, a consciência e a maturidade de todos os nossos jogadores, que os que eles escolherem estarão muito bem representados.