Quando uma equipe sofre uma goleada e é amplamente dominada pelo adversário, liga-se um sinal de alerta no vestiário. Mas tão importante como saber os motivos da derrota é dar o passo seguinte. A primeira palavra que vem em mente de todos é a mudança. Mas o número delas pode prejudicar o andamento das coisas, ao invés de reverter o quadro.
E isso vale tanto para o Juventude, que sucumbiu diante do Botafogo, como para o Caxias, que nem esteve em campo na derrota para o Athletic.
Roger não deve fazer mudanças drásticas e deve devolver a titularidade a quem tiver condições físicas de atuar, como são os casos de Zé Marcos e Edson Carioca. Não há motivos, ainda, para apagar tudo que o time apresentou de bom nas primeiras rodadas do Brasileirão, diante de Criciúma e Corinthians.
No lado grená, tanto Argel como a direção identificaram que devem ser dadas oportunidades a novos atletas para sequência de Série C. E aí mora o perigo. O Caxias tinha um padrão definido pelo seu treinador e que deu a melhor resposta em campo na temporada, com a formação com três homens de marcação no meio-campo. Ao desmanchar o esquema e ver o clube ter a pior apresentação em anos, diante do Athletic-MG, Argel deve mexer em todas as posições para buscar a vitória na segunda rodada.
O cuidado que o técnico deverá ter é o de não perder o ambiente com o grupo, especialmente com os atletas que estão saindo. Foi assim que Gerson Gusmão começou a cavar sua saída do Centenário, quando passou a mexer demais de um jogo a outro. E mais do que isso: será que quem entrar realmente vai dar resposta, uma vez que são atletas que nem no Gauchão corresponderam?
Enquanto o Ju recebe os Atléticos do Paraná e de Goiás em casa, a missão grená é mais delicada, diante de Botafogo-PB e Sampaio Corrêa, fora.