A tarde de sábado (24) será de reencontro no Estádio Centenário. Depois de quase 13 anos, Argel Fuchs comandará o Caxias diante de seu torcedor. A última vez em que o técnico comandou uma partida na casa grená foi no dia 4 de setembro de 2011. Derrota para o Santo André por 3 a 1, pela penúltima rodada da primeira fase da Série C do Brasileiro. Mas naquele ano, o treinador já havia cumprido a missão de salvar a equipe do rebaixamento para a Quarta Divisão.
A tarefa em 2024 é outra. A primeira missão de Argel é conduzir a equipe à segunda fase do Gauchão, para depois pensar na Copa do Brasil e na Terceira Divisão nacional. E, matematicamente, a classificação grená no Estadual pode vir diante do Avenida, a partir das 16h30min, em jogo válido pela 10ª rodada. Enquanto o Grená está em 7º na tabela com 10 pontos, o time de Santa Cruz do Sul aparece em 10º, com oito.
— É um confronto direto que teremos. O Avenida tem bons jogadores. O Márcio Nunes é um treinador competente. Sabemos que eles trabalham muito a bola aérea. É um time alto. Nós conhecemos bem as características deles — revelou Argel em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra.
E para este confronto decisivo, a grande pulga atrás da orelha do treinador grená é repetir a escalação que mostrou um bom desempenho no empate em 1 a 1 no clássico com o Juventude ou retirar um dos volantes e abastecer o sistema ofensivo. O meia-atacante Augusto Galvan e os centroavantes Álvaro e Joel Pantera voltam a ficar à disposição.
— Nós treinamos duas formações. E não quer dizer que se você jogar com três volantes é defensivo ou retranqueiro. A seleção da Argentina estreou na Copa do Catar com dois volantes e perdeu para a Arábia Saudita. Depois, foi campeã contra a França jogando com três volantes. Então, nossos dois volantes de apoio, o Emerson Martins e o Elyeser, com a bola viram meias — apontou Argel, que ainda completou:
— Como diz o José Mourinho: "a gente não quer a posse de bola, queremos os três pontos". Se for pra escolher entre resultado ou exibição, quero o resultado, porque é ele que nos dará a classificação.
Independente de quem entrar em campo, Argel espera pelo carinho e incentivo da torcida grená. Afinal, da última vez em que o time saiu de campo, quando ainda era treinado por Gerson Gusmão, na derrota para o São José, o torcedor se revoltou com o resultado e, alguns, até jogaram pipocas em direção aos atletas.
— No Ca-Ju, cada momento que passava, o torcedor grená cantava mais alto. E isso o jogador sente lá dentro de ca,´p. Eu joguei e sei que isso influencia e inflama uma equipe. Não são os gritos do treinador, porque o jogador tem que saber o que faz dentro de campo. Mas ele escuta o torcedor. E é disso que a gente precisa — finalizou.