A vitória do Juventude sobre o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto, foi expressiva. Os 2 a 0 aplicados diante de uma das equipes postulantes ao acesso deixou o Verdão muito próximo do G-4 da Série B, com 33 pontos. Já são sete jogos de invencibilidade na competição. Mas para o técnico Thiago Carpini, a hora é de frear os ânimos da torcida.
— A vitória nos coloca como uma equipe postulante à permanência. Primeiro precisamos atingir os 45 pontos, depois a gente vai falar num outro objetivo. Precisamos caminhar antes de correr. As coisas estão acontecendo. É um processo e não vemos o Juventude como favorito— apontou o comandante alviverde.
Além do adversário, o treinador alviverde trabalhou durante a semana a maneira de como os atletas deveriam atuar sob as condições ruins do gramado do Estádio Palma Travassos.
— Deixei claro nessa semana pros atletas que o jogo seria uma guerra, de um campo com a bola muito viva, de pequenas oportunidades e um jogo de bola parada. Eles compraram essa ideia. Nós fizemos até um treino de adaptação num gramado pior que esse — finalizou.
Na escalação, o técnico apresentou novidades, especialmente do meio pra frente. Sem Nenê, que estava suspenso, Matheus Vargas foi o escolhido. Mas o que mais chamou a atenção foi a saída de Jadson do setor. A meia cancha formatada para o jogo teve Kadi, Vini Paulista, Tite e Matheus Vargas. E apesar de trocar peças, o rendimento foi o mesmo e o Ju dominou o meio-campo na maior parte do duelo.
— Nós vencemos uma partida muito difícil. Tivemos erros e acertos. Pra hoje funcionou, em outro momento talvez a gente crie outra situação. As mexidas não foram pela questão do gramado, que realmente estava muito ruim. Fomos uma equipe consistente, sólida e muito competitiva — disse Carpini, que também avaliou a atuação individual dos atletas:
— Ganhamos mais duas ou três alternativas e possibilidades não só o Kadi, o Vargas e o Tite foram bem. Assim como o Daniel Cruz e o Ruan, no segundo tempo. Avalio de maneira muito positiva. Quanto mais a gente elevar o nível dentro do nosso elenco, maior será a competitividade. Subimos o sarrafo, independente de quem joga. Não temos 11 atletas. É um grupo forte e qualificado.