A vitória do Caxias diante do Brasil de Pelotas ganhou um tom extra com a entrevista coletiva do técnico Xavante, Rogério Zimmermann. O ex-treinador grená começou elogiando Caxias, afirmando que o time irá subir de divisão, mas ponderou que terminou o jogo com quatro volante e três zagueiros. Zimmermann foi além, disse que o segundo tempo foi um massacre.
— No segundo tempo, o Caxias recuou, deu bico, não conseguiu sair jogando. O Caxias pode tocar a bola, propor jogo, contra os outros times. Contra o Brasil não! Aqui no Centenário, o que se viu no segundo tempo foi um massacre — destacou o treinador do Brasil.
Nesta segunda-feira (29), na reapresentação do elenco do Caxias, o centroavante Eron foi questionado sobre a fala do técnico Xavante. Autor de um golaço de letra no primeiro tempo, o atacante discordou de Zimmermann, mas preferiu evitar entrar em polêmicas.
— Acho que fizemos um excelente primeiro tempo, como a gente vem fazendo nos outros jogos. No segundo, tentamos baixar um pouco as linhas para buscar o contra-ataque. Esse jogo eles botaram dois centroavantes e fizeram bastante bola alçada. Eles não nos massacraram, tivemos chances também no segundo tempo de fazer o terceiro gol e assim matar o jogo. Não vejo que fomos massacrados dentro de casa. Se a gente faz o gol ia ser um placar mais elástico — contrapôs Eron, que agora vê o time brigando pela liderança do Grupo A8 da Série D:
— Acho que os três pontos foram importantes para a gente, sabíamos que seria um jogo difícil por se tratar de um rival do estado, mas essa vitória era importante para colocar a gente na briga. Encostamos mais no líder e agora temos um jogo fora e vamos para Novo Hamburgo para conquistar os três pontos. Assim entrar de vez na briga e buscar essa liderança.
O elenco grená terá mais uma semana cheia para trabalhar. No domingo (4), às 18h, o Caxias enfrenta o Novo Hamburgo no Estádio do Vale. Caso vença fora de casa, o time de Tcheco pode terminar na liderança, ocupada atualmente pelo Camboriú com nove pontos. O grená tem dois a menos. Para este jogo, Eron quer repetir a boa fase. Contra o Aimoré, quase marcou um golaço dando um chapéu no adversário dentro da área. Já contra o Brasil, fez um gol de letra e garantiu a vitória grená.
— A gente da frente tem que estar ligado e atento a todas as bolas. Procuro sempre ter um recurso a mais. É um chapéu, uma letra, temos que estar atentos, pois uma jogada dessas pode dar a vitória. Contra o Aimoré quase foi um belo gol e contra o Brasil fui feliz, em uma jogada do Galvan e Jonathan, antecipei o zagueiro e fiz de letra.