O Caxias estreia da Série D do Brasileirão diante do único time paranaense no Grupo A8 da Série D, o São Joseense. A equipe é a mais nova da chave com sete anos de fundação. O time já nasceu como clube-empresa. O presidente Kleiton Bacetto concedeu entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, e falou sobre o projeto na Quarta Divisão.
O objetivo é chegar o mais longe possível e tentar o acesso, mas o mandatário sabe das dificuldades da competição. O investimento no futebol é baixo. Enquanto o Caxias beira os 500 mil com os encargos trabalhistas, o São Joseense tem uma folha bem mais tímida.
— Nossa folha salarial é bem enxuta. Está bem longe dos grandes desta divisão. Não ficou muito longe do paranaense, tentamos manter. É um trabalho apertado. A nossa folha está entre R$ 160 até R$ 200 mil — revelou o presidente, que comenta se o elenco mudou muito para a Série D depois do Paranaense:
— Mudamos bastante. Alguns atletas perdemos e outros optamos por mudar. Tem atletas do grupo de outros estados. Temos preencher da melhor maneira. Na comissão técnica mantivemos o Zé Roberto, um grande treinador no sentido de conteúdo, estudo. Tem muito a contribuir no futebol.
No regional, o time do técnico Zé Roberto avançou ao mata-mata com a última vaga, na oitava colocação. Já na fase eliminatória, a equipe caiu para o Athletico nas quartas de final. O treinador é ex-jogador. Zé Roberto defendeu o Veranópolis em 2017 como zagueiro. Ele iniciou a nova jornada fora das quatro linhas na base do Londrina, em 2019.
GRAMADO SINTÉTICO
A estreia do Caxias será no Estádio do Pinhão, a casa do São Joseense. A partida de sábado (6), às 15h30min, é válida abertura da Série D do Brasileirão. O estádio é municipal e tem capacidade para 4 mil torcedores. O presidente Kleiton Bacetto projeta um público de 1,5 mi pessoas. O estádio tem um fato peculiar, o gramado é sintético. O presidente vê como uma vantagem para o time.
— É uma vantagem. Quando a gente joga em casa a equipe adversária tem um tempo para esta adaptação. O maior problema é nosso, quando a gente sai para jogar fora. Claro que temos que usar de todos os artifícios legais. É um gramado homologado pela FIFA, mas é diferente — declarou o presidente, que completa:
— O Estádio é municipal, temos uma parceria público-privada com termo de uso. O gramado foi instalado em 2017. Foi um ano depois da fundação do clube. É o primeiro gramado público sintético do Brasil. É usado para todos os jogos do São Joseense em todas as categorias de base do sub-15 até sub-20 e também acontecem jogos do amador da cidade.
CLUBE-EMPRESA
Diferente de uma sociedade associativa, o São Joseense nasceu com uma proposta diferente. A gestão é de clube-empresa. Segundo o presidente Kleiton Bacetto, não muda muito, mas tem um ponto importante. Com a nova legislação, o dirigente responde com seus próprios bens em caso de uma gestão deficitária.
— Temos que ter uma certa cautela, responsabilidade com tudo que se tem, dívidas para se caminhar de maneira saudável. As tributações funcionam como uma empresa. É um clube da cidade, não é do presidente. Praticamente falando o que muda é que a responsabilidade um pouco. O clube já nasceu neste modelo em 2015 — explicou.
Logo após a sua fundação, o time começou a trajetória dentro de campo na terceira divisão paranaense em 2016. No ano seguinte, foi campeão da última divisão do Paraná. Em 2021, o time conquistou o acesso à Série A do Estadual. A campanha contou com a participação importante do zagueiro Dirceu, que hoje é titular do time do Caxias.