O elenco do Juventude conta com muitas caras novas após o fracasso da temporada passada, com um quase rebaixamento no Gauchão e um descenso para a Série B do Brasileirão. Entre os poucos remanescentes está o volante Jadson. Com 47 jogos em 2022 e dois gols, o atleta quase deixou o Jaconi, mas alguns fatores o fizeram permanecer no clube para a temporada 2023.
— Entre muitas coisas a minha família. Minha família gosta muito de estar aqui, do clube, do ambiente que nós temos, e eu me sinto muito a vontade no clube com a torcida. Espero evoluir meu jogo aqui esse ano para ajudar o time — contou o volante, que não quer reprisar o filme de 2022:
— Quero vislumbrar um ano diferente de 2022. Sofremos desde o primeiro mês de trabalho até o último. Precisamos ser um time sólido desde o início do campeonato. Não podemos deixar para acordar no campeonato gaúcho como fizemos ano passado no final, com a corda no pescoço. Vou ser um dos caras mais incomodados para não cometer os mesmos erros do ano passado. Precisamos ser um time melhor como coletivo.
Durante sua entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, Jadson não fugiu de nenhuma pergunta. Ao comentar o perfil do técnico Celso Roth, de pulso firme e enérgico, ele respondeu se faltou um pouco disso na temporada passada.
— Acho que sim. Dentre muitas coisas, isso foi algo a ser destacado. Teria sido um pouco diferente entre nós jogadores se tivéssemos tido uma postura diferente na temporada. Mas passou, a gente tira de lição alguns erros e aprendizados para não cometer novamente. É olhar para a frente e procurar devolver o Juventude na Série A do Brasileiro.
Confira alguns trechos da entrevista
40 DIAS DE PRÉ-TEMPORADA
— Foram dias proveitosos. Fazia tempo que não tinha tanto tempo para trabalhar. Estamos todos ansiosos para voltar a jogar. A pré-temporada foi bem dividida, nos jogos-treinos rodamos o elenco. Acho que todo mundo participou, o professor não montou um time como base, ele observou todo mundo para ter a melhor estratégia. Três jogos foram suficientes.
RENDIMENTO EM JOGOS-TREINOS
— Acho que quando você analisa o cenário do juventude, no geral, ficou na média. Nós tivemos uma troca de vários jogadores. É normal quando você tem novos companheiros, uma nova comissão, demora para se adaptar. Mas óbvio que não é o rendimento que a gente espera para temporada, precisamos estar melhor condições em termos de entrosamento e ideia de jogo. A nossa margem de evolução ainda é muito grande. Vamos evoluir na temporada.
PERFIL DO PROFESSOR
— O Roth é um cara muito enérgico, cobra bastante, pulso firme, tem suas ideias e acho que a experiência que ele tem e suas conquistas serão importantes para lapidar esses novos jogadores que chegaram. Será importante essa experiência dele.
LIÇÕES DE 2022
— A gente precisa ser mais competitivo. O Celso tem batido muito na tecla. A gente tem que ser agressivo no nosso campo, se propor a correr alguns riscos e ter disciplina dentro do campo de jogo. O Juventude vai ter uma mudança de chave em relação ao ano passado em termos de ser competitivo. O grupo tem que ser resiliente e não desistir na primeira dificuldade.
JADSON MAIS ADIANTADO
— Vai ser um Jadson que mudou um pouco de posição com Celso. Ele prefere que eu jogue em uma posição diferente. Eu estou trabalhando para ajudar o time, independente da posição, se for mais no centro do jogo ou não. Eu quero ajudar o time da maneira que for. Eu já tenho um tempo e a gente já sabe algumas posições que rende mais, que está acostumado. Mas se o treinador acha que eu posso ajudar mais em uma determina posição é isso que a gente tem que fazer para dar força e consistência ao time.
JU PROTAGONISTA DA SÉRIE B?
— Eu acho que temos que trilhar um caminho de volta à Série A. Eu decidi ficar pela minha família, pelo ambiente dos últimos anos e por acreditar que podemos retornar à Série A. Temos que assumir esse protagonismo de estar entre os quatro e dar um passo para Série A ano que vem. Seria gigantesco para o Juventude estar de volta por tudo que vem fazendo e toda organização das suas finanças e estrutura. É um salto que o clube está pronto para fazer.