Em 2023, o Juventude disputará a Série B do Campeonato Brasileiro. Com isso, as receitas do clube terão uma queda significativa e, automaticamente, o orçamento para a próxima temporada será menor. No planejamento orçamentário da direção alviverde, a queda será de R$ 80 milhões deste ano para R$ 20 milhões na Segunda Divisão nacional.
Com isso, automaticamente o investimento no futebol será menor também. Inicialmente, o Juventude definiu uma média salarial entre R$ 20 e 30 mil. No entanto, a direção admite que busca alternativas para aumentar esse número e concorrer com mais igualdade no mercado nacional.
— Nós determinamos, internamente, um teto salarial que seria entre R$ 20 e 30 mil. A dificuldade é extrema, os clubes de Série A não temos como competir e vários times da Série B também estão num patamar um pouco superior aquilo que nós estamos estipulando para o nosso elenco. Então, nós temos que trabalhar e criar alternativas e isso está sendo feitos e já estamos com algumas contratações em andamento — admitiu Paulo Stumpf, em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, que completou:
— As alternativas estamos pensando ainda. Nós não temos claramente, até o momento, quais seriam as alternativas. A gente abriu para o conselho e estamos esperando sugestões. Temos algumas questões sendo trabalhadas internamente, que no decorrer da temporada nós vamos conseguir conversar sobre isso.
Com a queda de receitas de televisão, patrocinadores e outras devido ao rebaixamento, torna-se importante o Juventude vender jogadores. A direção alviverde contabiliza, por exemplo, no valor inicial para 2023 o objetivo de vender R$ 2 milhões em jogadores. Se conseguir uma negociação será um bônus importante para ajudar o dinheiro que está apertado.
O Juventude tem vários atletas encaminhados com pré-contrato para 2023. No entanto, encontra dificuldade para qualificar ainda mais os nomes que estarão no time alviverde na próxima temporada.
— Estamos pensando em ter um "gap" de extrapolar o orçamento inicial, pensando em buscar ali na frente, pois estamos vendo a dificuldade do nosso teto. O nosso teto atual de R$ 30 mil a gente está conseguindo formar, mas o nosso time vai ficar ineficiente. Então, já estamos discutindo, internamente, até nessa terça-feira tivemos uma reunião com o Conselho de Administração, para que consigamos ter um incremento no orçamento para elevar esse teto nas contratações de jogadores — comentou Paulo Stumpf.
O Juventude planeja o início da pré-temporada para o dia 5 de dezembro com os jogadores remanescentes no elenco atual. E no dia 12 com os novos reforços. O objetivo é ter no mínimo 70% do elenco que vai iniciar as competições de 2023.
— Primeiro, nós temos que seguir arrisca aquilo que foi planejado. Nós sabemos que de um orçamento próximo aos 80 milhões de receita na Série A, nós vamos cair para 20 milhões, agora na Série B. Então, temos que trabalhar e contratar com a maior segurança possível para que não ocorram os erros que aconteceram neste ano e que vão acontecer em outros anos. Então, que a gente possa minimizar os erros e ser o mais assertivo possível nas contratações — finalizou Stumpf.