O técnico Celso Roth foi anunciado pelo Juventude e imediatamente já começou os trabalhos no Estádio Alfredo Jaconi visando a temporada 2023. O novo comandante volta ao cenário do futebol nacional, e justamente num clube no qual tem forte ligação. Ele é natural de Caxias do Sul e iniciou sua carreira como jogador em 1975 no clube, permanecendo por quatro temporadas.
No entanto, após a morte do pai, Roth desistiu da carreira de atleta para cuidar da família e, com isso, passou a dedicar o tempo para a formação acadêmica. Em 1983, retornou ao Jaconi, desta vez como preparador físico, e permaneceu até 1986. Dessa vez, a passagem será como treinador.
— Esse clube faz parte da minha história, pessoal e profissional. Então, eu devo muito ao Juventude. Passei aqui praticamente 10 anos da minha vida. Iniciei minha carreira como jogador na base e pouco tempo no profissional. Desisti de jogar futebol por conta da morte do meu pai, já que eu era o mais velho da família — comentou Celso Roth, em entrevista à TV oficial do clube. Ele ainda completou:
— Caxias do Sul e esse clube são marcos na minha história. Então estou aqui, emocionado. Quantas coisas o Juventude me oportunizou, realmente é uma satisfação, uma emoção estar aqui, rever este estádio.
Celso Roth assume o Juventude no final da atual temporada. O Verdão já está rebaixado para a Série B do Brasileirão e ainda terá mais quatro partidas na elite nacional. Será a oportunidade para o comandante observar os atletas pensando em 2023. Além disso, a montagem do elenco terá participação direta do treinador.
— Estou aqui para tentar ajudar a direção do Juventude. É um momento difícil, de mudança de série. Por esse patrimônio que estou vendo aqui é uma pena o Juventude estar nessa situação. Vamos enfrentar. Chegamos em um ponto comum, tanto a direção do Juventude, como eu quanto profissional, de retomar um caminho e fazer o melhor possível para que o Juventude retome seu lugar que é de direito — disse Roth, que completou:
— O Juventude é um time grande, mas ainda está nesse processo de transição. Por isso aqui é muito melhor de se fazer um trabalho, porque todas as pessoas estão com uma conscientização, ainda mais nesse momento, de retomada de força. De colocar uma categoria de base em ação, que é um dos objetivos, se não o principal. Aliás, as categorias de base são o coração de qualquer clube no mundo.
RETRANQUEIRO?
Por fim, Celso Roth comentou sobre o rótulo de "retranqueiro", nos clubes em que passou. O novo comandante alviverde tem uma fama de adoração a volantes. No entanto, ele prega o "equilíbrio" em suas equipes.
— Muito ao contrário do que as pessoas dizem de eu ser um treinador retranqueiro, é ao contrário. Onde a gente tem a mão de obra boa, com qualidade, não tem nada de ser retranqueiro. Vamos fazer uma coisa equilibrada, quando não se tem, a coisa básica do futebol é não tomar gol — finalizou Roth, que chega com o auxiliar Beto Ferreira.
ENTREVISTA À TV OFICIAL DO JUVENTUDE