A dívida com fornecedores, rede hoteleira e prestadores de serviço, deixada pela Surdolimpíadas na Serra, ultrapassa R$12 milhões e o assunto precisou ser levado ao governo do Estado, numa tentativa de encontrar saída para o rombo milionário. Na tarde desta terça-feira (13), uma comitiva formada por autoridades, representantes de classe e credores de Caxias do Sul, Nova Petrópolis e Farroupilha foi recebida pelo secretário do Turismo, Raphael Ayub no Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre.
Entre os participantes, o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, o secretário de Turismo de Nova Petrópolis, Rodrigo Santos e o presidente do Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria (SEGH Uva e Vinho), Marcos Ferronatto, que diz ter ficado satisfeito com a recepção do governo estadual.
—A perspectiva é boa, acredito que vamos ter um bom retorno, senão total ao menos parcial. Ainda não tem definido nenhum valor, foram feitos encaminhamentos, mas nada de concreto — comentou Ferronatto, ao dizer que a bancada gaúcha em Brasília e inclusive o presidente Jair Bolsonaro estão a par do assunto.
Ainda de acordo com Ferronatto, o CEO das Surdolimpíadas, Richard Ewald, também participou do encontro e apresentou os motivos para a falta de dinheiro. A queda no número de países participantes e a recuperação do real frente ao dólar voltaram a ser citadas como fatores para a dívida.
Em junho, um encontro realizado na UCS apresentou os números da arrecadação frente aos gastos. Em novembro, o Comitê projetava mais de 6 mil participantes, com câmbio de R$ 5,20 (para cada dólar) e uma arrecadação de R$ 46 milhões. Contudo, o cenário real foi de 3.983 participantes, um câmbio de R$ 4,91 e uma arrecadação de R$ 29 milhões. Segundo dados da organização, a despesa total foi de R$ 45.987.789,24 .