Medalhistas de bronze na última edição das Surdolimpíadas, as gurias do futebol brasileiro chegaram com grande expectativa aos Jogos, disputados pela primeira vez na América Latina. Na estreia, veio a derrota por 4 a 0 para os Estados Unidos. A situação foi logo superada e o poder de reação demonstrado ainda na fase de grupos.
Na segunda rodada, nesta quinta-feira (5), vitória expressiva de 8 a 1 sobre as quenianas, com hat-trick de Vanessa, que marcou três gols na primeira etapa, entre eles um de falta cobrado no ângulo direito da goleira. O placar foi aberto aos 32 do primeiro tempo, com gol da lateral-direita Léia. Com 4 a 0 no placar, o Brasil foi para o vestiário com o resultado encaminhado.
No segundo tempo os gols de Lara, Vanessa, de pênalti, e Stefany, duas vezes, sacramentaram a goleada. A Quênia ainda faria o de honra, com Bohke. Para o técnico da equipe, o caxiense Jéferson Borges, a vinda de Vanessa, que não conseguiu chegar a tempo da estreia, foi determinante para a vitória.
— Chegou e comandou a equipe, foi uma líder dentro de campo e deu o suporte para a vitória. Sabíamos da necessidade de vencer, no primeiro jogo elas estavam muito ansiosas e hoje, mais calmas, conseguiram o placar positivo. Mudamos o esquema devido às lesões e nos portamos bem — garantiu Bohke.
O Brasil enfrenta agora a Polônia, na segunda-feira, às 10h, também no Estádio das Castanheiras, em Farroupilha. Para o próximo duelo, Borges conta com o foco transmitido por Vanessa ao fim do jogo. Vinda de Cascavel, no Paraná, a camisa 11, de 29 anos, não imaginava os três gols logo no primeiro jogo, e, sem se deslumbrar, já se prepara para o próximo.
— Foi uma surpresa. Que bom que ajudei, agora precisamos nos preparar mais. Contra a Polônia, tem que jogar mais — alertou.