O Glória foi campeão da Copa FGF, a Taça Dirceu de Castro, e garantiu um feito inédito com vaga para a Copa do Brasil 2022. O técnico e um personagem dessa conquista é Alê Menezes. O ex-centroavante assumiu o comando da equipe na reta final da Divisão de Acesso. Após uma eliminação dolorosa na primeira fase da competição estadual, a reviravolta e o título da Copinha do segundo semestre.
Campeão da Divisão de Acesso de 2015 como jogador, ele agora celebra o título da Copa FGF como treinador. Aos 45 anos, o ex-goleador, torna-se um personagem vitorioso na história do Leão da Serra.
— Agradecer, primeiramente a Deus e ao grupo de jogadores. Sem eles, a gente não consegue nada. Eles compraram a ideia. Fizemos um time copeiro e aguerrido. O título foi merecido. Parabéns também ao Novo Hamburgo. É um sentimento diferente. Quando a gente jogava é uma coisa, na beira do campo é outra experiência — comentou Alê Menezes, que completou sobre o sucesso com o título, após o insucesso na Divisão de Acesso:
— O objetivo era classificar na Divisão de Acesso. A gente não conseguiu e colocamos as atenções na Copinha. No início, muitas equipes não deram atenção e quando acordaram já era tarde. Nós fomos comendo pela beirada. Não éramos os favoritos. Os favoritos eram Aimoré, São José, Novo Hamburgo e Grêmio.
A campanha do Glória teve 16 jogos com 10 vitórias, um empate e cinco derrotas. Foram 27 gols marcados e 10 sofridos. O momento mais complicado aconteceu na semifinal, quando perdeu o primeiro jogo em Vacaria para o Passo Fundo. Porém, fora de casa, a equipe reverteu e ganhou por 2 a 0. Assim, garantiu presença na decisão.
— O que mais marcou foi o jogo que perdemos para o Passo Fundo em casa e ninguém acreditava na reversão. No outro dia, falei que tínhamos que nos unir. Fomos a Passo Fundo, vencemos e fomos à final. Estudamos o Novo Hamburgo e conseguimos o objetivo.
SEM ARREPENDIMENTO
Alê Menezes chegou ao Glória no final de setembro, na reta final da primeira fase da Divisão de Acesso. Ele deixou o rival Brasil-Fa para assumir o time de Vacaria, mas na última rodada perdeu a classificação para a sua ex-equipe. Assim, o Glória nem avançou para a segunda etapa da competição e o Brasil sim. No entanto, em nenhum momento o treinador se arrependeu.
— Ouvi muito que errei. Desde o primeiro dia que me apresentei no Glória, falei que não me arrependi da troca. Muitos não sabem o que acontecem dentro do futebol. Não me arrependi de trocar o Brasil pelo Glória. Se ia conseguir levar o Glória à Primeira Divisão ou conseguir o título da Copinha, era outra história. Eu tenho uma identificação muito grande com Vacaria, porque fui campeão em 2015 como jogador. Quando perdemos a classificação para o Tupi, falei que não me arrependi. E o resultado final foi esse, o título — finalizou.