O Brasil-Fa é o único representante da Serra ainda com chances de conseguir o acesso à elite do futebol gaúcho. Após vencer o primeiro jogo das quartas final da Divisão de Acesso, por 1 a 0, contra o Guarany de Bagé, o segundo jogo não aconteceu. O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS) acatou o pedido formulado pelo Guarany e o resultado não foi homologado até o julgamento. O mérito do processo será julgado nesta quinta-feira (4), às 17h.
O Guarany de Bagé defende que o árbitro da partida, Marcus Vinicius Goncalves dos Santos, teve um erro de direito ao expulsar de campo atacante Welder, após parada para atendimento médico, em lance envolvendo o goleiro Jonathan, do Brasil-Fa. Segundo o clube de Bagé, há o entendimento de que a expulsão praticada contra o atleta aconteceu através de uma intervenção externa, após paralisação do jogo, o que teria levado a mudança da decisão de não punição no momento da ocorrência do fato.
Além disso, entende que o árbitro teve erro grosseiro ao não sinalizar penalidade máxima em seu favor, após falta ocorrida dentro da área grande.
—A expectativa do Brasil-Fa é a melhor possível. Entendemos que a parte ruim de todo esse processo, já passou. Uma vez que Brasil-Fa vinha com ritmo, com uma vitória dentro de campo e aí teve a partida suspensa. Essa foi a pior situação de todo o processo. Quanto ao julgamento, tanto juridicamente, como todo o contexto, o Brasil-Fa está bem seguro. Não terá nenhuma interferência na primeira partida, uma vez que foi uma decisão de campo. Confiamos que vai ser dada a continuidade do campeonato jogando a segunda partida — comentou Vinicius Filipini, diretor jurídico do Brasil-Fa.
O lance que gerou a reclamação do Guarany junto ao TJD aconteceu aos nove minutos do jogo realizado no dia 24 de outubro, no Estádio das Castanheiras. O goleiro Jonathan, do Brasil-Fa, sofreu uma pancada do atacante Welder, do Guarany, ficou desacordado. Após ser reanimado, teve que deixar a partida na ambulância e removido até o Hospital São Carlos. Após exames, constatou-se fraturas no arco zigomático e no assoalho da órbita, ambos na região facial.
O jogo ficou parado por 25 minutos. Na volta, Welder recebeu o cartão vermelho direto. O clube de Bagé entende que a expulsão praticada contra o atleta aconteceu através de uma intervenção externa. Tudo isso será julgado pelo Tribunal.
— Vamos debater no julgamento, mas eu vejo com certa segurança, porque a promotoria já se manifestou no processo. Além do posicionamento do Brasil-Fa, a gente vê o promotor com bastante força nos seus argumentos e, principalmente, precisamos dar continuidade na competição. Mesmo que o árbitro tenha demorado para tomar essa decisão, a partida estava paralisada. Então, não existia outro momento para fazer a expulsão, se não quando a partida fosse retomada — completou Vinicius Filipini.