Se foi ação que faltou na temporada 2021 para o Caxias, o ano novo, que ainda nem começou no calendário, já está a todo vapor no Estádio Centenário. A nova comissão técnica grená foi apresentada oficialmente nesta quarta-feira (27), com Rogério Zimmermann tendo sua primeira experiência no futebol caxiense.
Depois da saída de Rafael Jaques, confirmada na sexta-feira passada (22), as negociações com o novo treinador foram rápidas e logo na primeira entrevista, o treinador mostrou entusiasmo com a chance na equipe.
— Estou muito honrado pelo convite e muito motivado. Tivemos o primeiro contato na segunda à noite, conversamos ontem com todo o grupo gestor, nos passaram o projeto, como está o clube. Me vim com perfil para ajudar dentro da minha área. Muito contente pela lembrança do meu nome e esperançoso que possamos fazer um bom trabalho — afirmou Zimmermann, que agora quer somar a força do clube com o seu trabalho:
— Vamos unir as forças.
Além de Zimmermann, chegam também o auxiliar-técnico Gustavo Papa e o preparador físico João Beschorner. O restante da comissão técnica que trabalhou na temporada com Rafael Jaques e Lacerda deve permanecer.
Para o novo comandante grená, antes de qualquer mudança brusca, é preciso entender o que houve na temporada que se encerrou com a eliminação para o ABC, no dia 17 passado, e que encerrou com o sonho do acesso grená na Série D.
— Gosto de escutar quem participou. Estão chegando três profissionais porque três saíram. Mas vão ficar muitos profissionais da comissão técnica da temporada de 2021 e eu quero conversar com esse pessoal. Não é de agrado chegar em um clube e querer saber mais do que quem estava aqui. Nesse momento, vou muito mais escutar — explicou.
Antigo rival grená e de bons resultados quando adversário, Zimmermann sabe da responsabilidade que tem nessa chegada ao Caxias. O treinador afirma que entende o anseio do torcedor, que agora espera ter ao seu lado e pretende passar isso também para quem for defender a camisa grená:
— Sempre tive um respeito muito grande pelo torcedor de qualquer equipe, como vou ter pelo do Caxias. Sei exatamente o que eles querem. Sem ter conversado, chegando hoje, sei exatamente o que eles querem. Vamos trabalhar 24h para atingir os objetivos. Não adianta só o treinador estar motivado, tem que passar isso para os atletas também. Não adianta só eu saber da importância do torcedor do Caxias, os jogadores que vierem e os que permanecerem, têm que entender que a razão de estarmos aqui é o clube. É uma coisa que se for só minha, não vai ter resultado.
Estilo de jogo
Zimmermann não quer fazer que o Caxias jogue ao seu estilo, mas que seu trabalho possa encaixar com o pensamento da instituição. Segundo o treinador, esse o foco para que o sucesso na temporada possa vir de uma maneira mais consolidada.
— A primeira coisa é entender a cultura do clube. Muitas vezes parece que é a cultura do treinador, do Rogério, mas procuro conhecer a do clube. O que os dirigentes e os torcedores querem com relação a maneira de atuar. Em comum, acho que todo torcedor gosta da entrega durante os 90 minutos — disse Zimmermann.
O Campeonato Gaúcho será o primeiro compromisso de Zimmermann pelo Caxias. Ainda sem data confirmada para o início do Estadual, o treinador acredita que um bom período de pré-temporada é importante, mas entende que para pelo menos dois meses de preparação tem um custo e isso pode impedir esse tempo considerado ideal.
Com tempo para montar o time, se adaptar com o clube e a cidade, e iniciar seu trabalho, o técnico tenta repetir o sucesso que teve em outros momentos da carreira. Porém, mesmo com as atualizações que o futebol moderno propõe, o estilo de Zimmermann trabalhar vai se basear no foco principal do esporte, que é fazer a torcida vibrar.
— Não muda a essência. É importante sair de trás tocando curto, do goleiro para o zagueiro, lateral, volante e começar a estruturar e construir desde trás, é importante. Mas o torcedor não vem para o estádio para ver isso. Ele ainda continua vindo para o estádio para ver gol. O torcedor vem para ver o seu meia e seu atacante tocarem muito mais na bola do que o goleiro. Temos que acompanhar, mas não podemos perder a essência — concluiu o treinador.