Ele é uma das crias do Alfredo Jaconi que brilharam na Série A do Brasileiro. Além disso, é um dos principais goleadores da história do alviverde na competição. Michel Neves chegou ao clube em 1999, para a equipe sub-20. Alguns anos depois, era uma das referência da equipe que ficou entre as oito melhores do país, em 2002.
Durante esta semana, em entrevista no programa Show dos Esportes, da Gaúcha Serra, o ex-jogador relembrou o início da carreira no Ju e dos momentos especiais com a camisa do Verdão.
— Eu sou muito grato ao Juventude por tudo o que fizeram por mim. Me deram toda estrutura para me formar como jogador e um cidadão, além de tudo. Foram alguns anos construindo uma história muito bonita no clube. Independente de divisão, um jogador poder vestir a camisa do clube é uma honra. É um sabor diferente (jogar na A com a equipe alviverde) e tive a oportunidade de fazer parte dessa história — relembrou Michel.
O atacante atuou, entre base e profissional, por 10 anos no Juventude. Na Série A, é um dos jogadores que mais marcou e mais atuou pelo clube na competição. Foram 13 gols, sendo o quarto maior artilheiro do Ju na elite.
— Todos esses foram marcantes, mas um dos que mais gosto é o gol contra o São Paulo (3x3 no Campeonato Brasileiro de 2001). Foi um gol muito bonito, cortei o Beletti e marquei na frente da Mancha Verde — destaca Michel, relembrando também a grande campanha e um gol especial em 2002:
— Em 2002, a gente fez uma grande competição. Um elenco fortíssimo. Tivemos a quarta colocação geral e acabamos perdendo para o Grêmio no Jaconi. Mesmo assim, é um ano que ficou marcado para mim. No Maracanã, fizemos 4 a 0 no Botafogo. Fiz dois e um outro foi anulado. Foram meus primeiros gols no Maracanã. É mágica a sensação de marcar lá. A equipe vinha numa crescente muito forte na competição, os times respeitavam a gente.
O MOMENTO ATUAL
Michel vivenciou diferentes cenários com o Juventude na Série A. Em diferentes anos brigou com o clube na parte de cima da tabela, mas também viveu tempos difíceis no Jaconi, como a queda em 2007.
— Para este ano, sabemos da competência da comissão técnica, mas também entendemos a dificuldade da competição para as equipes que sobem. O clube tem que mesclar contratações de jogadores que conhecem a competição, têm experiência na Série A, com jovens com potencial da base, é um bom caminho para se manter. O Juventude parece estar no caminho certo.
Sobre o time que estará em campo a partir de amanhã, no retorno à elite, um recado especial para um garoto que ocupa a mesma função dentro de campo e quer repetir o sucesso de MIchel:
— É um jovem de muito potencial (Marcos Vinicios). Acompanhei ele em alguns jogos e tem muita qualidade. É mais um da base se destacando. Estamos sempre na torcida para que o clube possa estar revelando grandes jogadores pro cenário nacional.