Em entrevista coletiva realizada antes do duelo do Juventude contra o Esportivo, marcado para esta segunda-feira (19), em Bento Gonçalves, o técnico Marquinhos Santos se manifestou sobre as críticas que os treinadores têm recebido de torcedores nas redes sociais.
Questionado sobre a autocrítica do trabalho, o técnico alviverde lembrou da morte de sua mãe durante a pandemia e do episódio ocorrido com o técnico do ABC-RN, Sílvio Criciúma, que respondeu aos críticos, revelando ter dois irmãos entubados com covid-19 e que sua mãe sofreu um AVC.
— Estamos sempre procurando evoluir, e autocritica é realizada jogo após jogo, mas não só no futebol. Vivemos em um momento de pandemia, passando pelos momentos mais críticos do país. Cito o exemplo de um companheiro, o Sílvio Criciúma, que foi agredido verbalmente nas redes sociais e respondeu. E eu me solidarizo com ele, pois está com dois irmãos intubados. Entendo a dor dele, pois eu perdi minha mãe pela covid. Nós não pudemos estar com os familiares, eu não pude sepultar a minha mãe. Tive que ficar aqui, aqui fiquei trabalhando e me dedicando ao Juventude — disse Marquinhos Santos.
Após a eliminação na Copa do Brasil para o Vila Nova, o técnico do Juventude foi bastante criticado pelos torcedores que se manifestaram usando as redes sociais pedindo sua demissão. Alguns deles, utilizando discurso de ódio, algo que Marquinhos Santos não concorda.
— São momentos que a gente não aceita, mas entende o torcedor. Como ele não pode ir ao estádio, usa a rede social para se manifestar, às vezes com ódio. E esse ódio é transferido ao futebol, pelo momento social e econômico do país, até politicamente falando. Então precisamos ter mais equilíbrio e sabedoria. E creio que, na vida, não só eu, mas todos nós temos que fazer essa autocrítica como pessoa, como ser humano — disse.