Após a derrota de 5 a 2 para o Avaí, a quarta-feira (20) ainda foi de explicações e retomada do trabalho no Estádio Alfredo Jaconi. O Juventude perdeu os últimos cinco jogos como visitante e, agora, não depende mais só de si para conseguir o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.
O vice-presidente de futebol, Osvaldo Pioner, concedeu entrevista e respondeu aos questionamentos da imprensa. A principal questão neste momento é saber os motivos da queda de rendimento da equipe na reta final da Série B.
— O diagnóstico que temos é que, nesta reta final, nosso grupo está sentindo um pouco. São jogos muito competitivos, os outros times jogando a vida. Uns para se manter na B e outros com a esperança de chegar na A. A gente está com alguma dificuldade. Não é desculpa, é um comentário: nós perdemos muitos jogadores. Nosso grupo foi montado enxuto com um orçamento relativamente baixo, aí quando perde essas peças, sente muito o desgaste. No nosso planejamento, não era para o Cajá jogar todas as partidas, justamente para não ter esse desgaste — disse Pioner.
Mesmo com a queda de rendimento e com a saída do G-4, o Juventude está com apenas um ponto a menos que o CSA e Pioner demonstra otimismo quanto ao acesso. Enquanto o Ju enfrenta Figueirense e Guarani, os alagoanos encaram o Brasil-Pel e Náutico.
Por que eu não vou ter esse otimismo? Estamos juntos com todo mundo, dependendo de duas vitórias nossa, os famosos 61 pontos
OSVALDO PIONER
vice-presidente de futebol do Juventude
— Primeira coisa que nos leva a acreditar é esse grupo maduro. É um grupo consciente. Por incrível que pareça, o primeiro puxão de orelha é dado por eles mesmos. Eles sabem o que querem. O outro motivo que nos leva a acreditar é olhar para trás e ver quem está a um, dois, três pontos e contando que vai chegar na Serie A. Por que eu não vou ter esse otimismo? Estamos juntos com todo mundo, dependendo de duas vitórias, os famosos 61 pontos. Vamos fazer os 61, e se alguém tropeçou, estamos dentro. Se não tropeçou, o trabalho foi bom — comentou Pioner.
O Juventude terá dois jogos para driblar o cansaço físico e mental e também encontrar alternativas para sair da marcação adversária. Nas últimas partidas, o time criou pouco e esbarrou nas defesas.
— Comentamos com o grupo e internamente o número de oportunidades criadas antes e como está agora. Se explica por uma série de fatores. O Juventude ficou conhecido, está sendo muito respeitado. Antes a gente tinha mais espaço. A gente teme perder essa oportunidade de subir para a A, mas vou reafirmar: nós queremos muito subir para a Série A. O que foi traçado esse ano nós atingimos. Nós não fizemos dívidas, nós vamos terminar o ano com superávit, nós fomos bem na Copa do Brasil e estamos na Série B de 2021 há muito tempo. Ainda temos a esperança que vamos subir e pode acontecer — finalizou Pioner