O Juventude pode repetir o feito do time que conseguiu o acesso para a Série A, em 1994. Naquela conquista, o destaque da equipe foi o goleador Mário Maguila. À época com 28 anos, o centroavante fez 11 gols na competição e também foi o artilheiro do Ju no Gauchão, com 23 gols. Aos 55 anos, atualmente está morando em Maceió, ele continua torcendo pelo Juventude e pelo comandante alviverde.
Mário Maguila e Pintado, atual técnico do Juventude, jogaram juntos no Bragantino. No clube do interior paulista foram campeões da Série B em 1989 e Campeão Paulista no ano seguinte.
— Eu e o Rodrigo, meu filho, acompanhamos todos os jogos do Juventude. Tenho uma amizade muito grande com o Pintado, jogamos juntos. Morei 12 anos em Bragança Paulista. O Pintado chegou no Gauchão e começou a desenvolver o seu trabalho e as coisas foram acontecendo. No Estadual quase chegou à reta final. Na Série B, o Juventude mostrou constância. Percebo que ele tem o plantel na mão, os jogadores confiam nele — comentou Mário, que completou sobre o ex-colega e atual técnico do Ju:
— O Pintado, por incrível que pareça, sempre falava sobre o jeito que a gente batia na bola, como realizava as coisas. No intervalo, ele sempre fala algo. Ele tinha essa vocação para ser um excelente treinador e está provando isso. Ele gostava de falar com as pessoas e não tem igual a ele interagindo. Tem facilidade de envolver todo mundo. Ele deixa todo mundo à vontade. Ele é simples, humilde e brincalhão.
Em 1994, o time de Mário Maguila, conquistou o acesso com um time que ficou marcado na história do Juventude. Nesta temporada, mais uma equipe pode ficar na lembrança dos torcedores por uma conquista. Épocas diferentes, mas times com algumas semelhança.
— Eu percebo uma semelhança no meio-campo. Tem o Renato Cajá que sabe enfiar uma bola e cadenciar o jogo quando está apertado. Ele faz isso muito bem. Nós tínhamos o Juninho, o Dorival Junior. Nosso meio-campo era de toque de bola e a gente percebe isso no Juventude hoje. O atacante também tem desenvolvido bem e feito bons gols e nós também em 1994 — afirmou o ex-jogador.
Mesmo à distância residindo em Alagoas, Mário Maguila estará na expectativa de sucesso do seu ex-clube e pela torcida que tanto festejou com ele.
— Espero que eles continuem com essa confiança. São 90 minutos para realizar um sonho maravilhoso, dessa torcida apaixonada. Espero que eles continuem com essa determinação e essa gana e prestando atenção no que o Pintado fala. A Papada merece, Caxias do Sul merece. Alegria maior essa torcida que conheço tão bem, de ver a felicidade deles. Foi tão maravilhoso em 1994 ver a cidade e a torcida eufórica. Estou em Maceió mas torcendo pelo acesso — finalizou.