Mudança de patamar
O título da Copa do Brasil ficou com um gaúcho. Mas, por maior que fosse o favoritismo colorado, coube a Tiago Nunes o direito de celebrar uma conquista que muda o seu patamar dentro do futebol brasileiro.
Por mais que já tivesse garantido a taça da Copa Sul-Americana no ano passado, o treinador, natural de Santa Maria, ainda não estava totalmente consolidado no cenário nacional. Faltava um toque a mais. E ele veio com um triunfo inquestionável sobre o Inter.
Tiago ganhou com sobras o duelo tático de Odair Hellmann. Para quem conhece o trabalho dele há algum tempo, sabe o quanto o comandante do Athletico é um estudioso e merecedor desse sucesso. Além disso, a simplicidade e a cortesia com que trata a todos são fatores que o tornam ainda mais especial em um meio tão complicado.
Mais uma vez, a Serra Gaúcha prova ser um celeiro de treinadores. Por mais que não tenha nascido na região, foi com suas campanhas por Ju e VEC que Tiago deu o primeiro salto. A partir daí, estava no lugar certo e na hora exata.
Em um clube que chama a atenção por tentar fazer diferente e ter uma estrutura cada dia mais elogiável, o treinador mudou de patamar. E garantiu ao time, pelo menos, R$ 52 milhões de premiação.
Méritos também para quem perdeu
No futebol brasileiro, apenas o campeão parece merecer aplausos. E nem sempre é assim. Odair Helmann pode até ter errado nas substituições da final, mas precisa ter sua trajetória valorizada. Alcançar a decisão é para poucos. E, com ele, o Inter subiu de patamar.
Além disso, para construir uma sequência de conquistas, um dos grande segredos pode ser aprender com a derrota e, quem sabe, dar continuidade ao que está sendo realizado.