Um dos fatores que sustentam a boa campanha do Juventude como mandante no Campeonato Brasileiro da Série C é o baixo número de gols sofridos. Dos 14 que levou ao longo da primeira fase, apenas quatro foram no estádio Alfredo Jaconi. E em cinco dos nove jogos da campanha em casa, a equipe saiu sem ser vazada.
Por outro lado, o Imperatriz-MA, adversário na disputa pelo acesso à Série B, chegou na fase de quartas de final como a equipe que mais sofreu gols entre as classificadas. Foram 22, sendo 18 deles fora de casa, com uma média de dois gols por partida.
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A eficiência e o desempenho do sistema defensivo alviverde sob seus domínios, aliada ao baixo desempenho do Cavalo de Aço longe do território maranhense, será colocada à prova na próxima segunda-feira.
— Dentro de casa, a gente vem fazendo uma boa campanha. Contra o Ypiranga foram somente dois lances de perigo contra nossa meta, mas deixamos a desejar no aproveitamento das oportunidades. Sabemos da responsabilidade que a gente está carregando neste momento e não podemos deixar que ela pese. Temos que fazer um grande jogo para chegarmos ao acesso — disse o zagueiro Genílson.
Contratado em novembro de 2018, o defensor foi um dos primeiros reforços a chegar ao estádio Alfredo Jaconi para a temporada e participou de 34 jogos até aqui. Nas primeiras conversas com a diretoria, o principal objetivo passado era retornar à Série B, algo que o Juventude está a uma vitória de atingir. Genílson destacou que o aproveitamento defensivo do Imperatriz-MA fora de casa foi citado em conversa do técnico Marquinhos Santos com o grupo de jogadores.
— Fora de casa eles não fazem tantos gols e sofrem bastante. Temos que nos aproveitar e trabalhar nos próximos dias em cima disso para conseguir fazer os gols que não conseguimos no jogo de ida.
PROBLEMA COM EXPLICAÇÃO
De acordo com Marcelo Júnior, repórter da Rádio FM Terra de Imperatriz, um dos motivos que levaram a equipe maranhense a sofrer 88% dos gols na competição fora de casa foi a ausência de uma sequência de dupla de zaga em grande parte da Série C:
— O sistema defensivo deixou a desejar em 85% da competição. O Renan Dutra foi o único zagueiro titular desde o início, quando o treinador ainda era Ruy Scarpino.
Titular em 18 jogos, Renan teve como companheiros outros quatro atletas durante a Terceira Divisão nacional. Depois da improvisação de Diogo Oliveira e das utilizações de Gustavo Henrique e Tomaz, Ramon Baiano acabou se firmando. Atuando ao lado de Dutra, ele figurou no onze inicial do Cavalo de Aço nos últimos quatro jogos, justamente quando a equipe não sofreu gols. Outro motivo destacado por Marcelo Júnior foram os gols sofridos nos acréscimos:
— Em algumas partidas, como contra Globo, Ferroviário e Santa Cruz, o problema foram os gols sofridos nos últimos minutos. É algo preocupante e a equipe precisa treinar um posicionamento mais apurado. Nos últimos quatro jogos houve um ajuste, porém três deles foram em casa.
Por outro lado, a equipe maranhense marcou gols em todas partidas realizadas como visitante.
ESTATÍSTICAS
Juventude no Jaconi
Gols marcados em casa: 13
Média em casa: 1,44 gols por jogo
Gols marcados na competição: 20
Jogos em que marcou em casa: 8 de 9
Gols sofridos em casa: 4 (em nenhum jogo sofreu mais de um gol)
Gols sofridos na competição: 14
Jogos sem sofrer gols em casa: 5
Imperatriz fora de casa
Gols sofridos fora de casa: 18
Gols sofridos na competição: 22
Média fora de casa: 2 gols por jogo
Jogos em que sofreu gols fora de casa: 8 de 9
Gols marcados fora de casa: 14
Gols marcados na competição: 27
Fez gols em todos jogos fora de casa