Uma daquelas voltas por cima dignas de roteiros de filmes norte-americanos. O giro de 360º do Caxias do Sul Basquete/Banrisul poderia ser retratado assim. Do choro do dia 24 de março de 2017, quando o time perdia em casa para a Liga Sorocabana e amargava a última colocação do NBB 9, até a vibração em 27 de março deste ano, data em que o time caxiense derrubava o líder Paulistano e garantia a quinta colocação, muita coisa mudou.
Para alcançar sua melhor classificação em três temporadas na elite, mudanças de estrutura, investimento e a contratação de um novo perfil de jogadores. A receita deu certo, a torcida voltou a lotar o Ginásio do Vascão, a equipe fez um campeonato sem ressalvas e com inúmeros destaques. Com tudo isso a seu favor, o Caxias Basquete inicia diante do Botafogo, sábado, às 14h, a busca por uma vaga nas quartas de final. Seria mais um feito inédito.
– Estamos dando um passo gigante. Primeiro pela classificação do ano passado e por este ano chegar em quinto, perto de jogar uma Sul-Americana no ano que vem. Isso faz com que o projeto faça mais sentido. Óbvio que temos muitas dificuldades financeiras para montar a equipe e teremos que correr atrás para uma nova temporada. Mas isso mostra que estamos trabalhando para proporcionar ao público grandes jogos e, quem sabe, ir mais longe – afirma Rodrigo Barbosa.
Diferentemente da temporada 2015/2016, quando o clube caxiense classificou em 11º e pegou um Brasília favoritíssimo, com seu time recheado de estrelas como Fúlvio e Giovannoni, neste ano é o Caxias Basquete quem chega melhor aos playoffs.
O time desbancou o Paulistano, que estava há 22 partidas sem perder até a última terça, derrotou duas vezes o atual campeão Bauru, com direito a vitória emocionante no último segundo na estreia, e o fortíssimo Mogi, em duelo também decidido no último segundo. São as cartas de apresentação da equipe caxiense.
Do outro lado, está o Botafogo, equipe de menor investimento entre os clubes cariocas e que subiu ao NBB na última temporada. O time de General Severiano conviveu com a parte de baixo da tabela durante boa parte da competição. Fez da partida contra o Caxias, no returno, uma final para conseguir se livrar do rebaixamento e ter a garantia que estaria nos playoffs. Conseguiu. E justamente neste encontro mostrou que a vida não será fácil neste novo campeonato.
– É um time muito aguerrido dentro de casa, mas foi um jogo atípico. Eles começaram muito fortes e com clima de playoff, logo no segundo turno. Mas vamos com tudo, muito confiantes com essa vitória diante do Paulistano, com os pés no chão e sabendo que teremos que fazer tudo certo. Agora é concentração e ir para cima, aproveitar a vibe boa e passar para o próximo playoff – acredita o ala/pivô Nandão.
Com seis vitórias nos últimos sete jogos, o time caxiense faz questão de manter os pés no chão. O motivo é simples: a lembrança do sofrimento e da mudança de um ano para outro.
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