Os estoques de gasolina dos postos de Caxias do Sul devem terminar completamente nesta sexta-feira (3). A estimativa é do Sindipetro Serra, sindicato que representa as revendas em Caxias e região. A escassez é causada pela alta procura que ocorre desde quarta-feira (1°) e à impossibilidade de trazer novos carregamentos da Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas.
De acordo com o presidente da entidade, Vilson Pioner, atualmente metade das revendas estão sem gasolina, especialmente a comum. Onde ainda há estoques, o dia é de filas.
— Tem carretas carregadas que viriam pela Rota do Sol e neste momento estão retidas em Maquiné (no Litoral Norte) — relata.
Pioner reforça o pedido para que apenas motoristas que realmente necessitem se dirijam aos postos. Nesta quinta-feira (2), mesmo com os apelos do sindicato, os postos seguiram cheios ao longo de todo o dia.
— É um momento de exceção. A pessoa que está abastecendo (sem necessidade) ou armazenando combustível está prestando um desserviço. Está tirando de ambulância que precisa prestar socorro, de carros da Brigada Militar, dos bombeiros. É uma situação que precisa da participação de todo mundo — destaca.
Apesar da situação crítica dos estoques de gasolina, há quantidade adequada de diesel, uma vez que veículos pesados não estão circulando em função dos bloqueios rodoviários.
A expectativa para as próximas horas é que a diminuição do volume de chuva permita intensificar o trabalho de desobstrução de rodovias até que se consiga permitir a passagem dos caminhões.
— Se liberasse em São Vendelino (RS-122), em 12 horas o problemas de Caxias estaria resolvido — projeta Pioner.
Situação confortável nos supermercados
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Caxias do Sul (Sindigêneros), Volnei Basso, os estoques dos supermercados seguem em situação confortável e não se projeta desabastecimento grave na cidade. Ainda nesta quinta-feira, a avaliação da entidade era de que poderia haver falta apenas de produtos pontuais, mas que poderiam ser facilmente substituídos.
— Estou na minha loja e estou recebendo carne de frigoríficos locais. Não há motivo para pânico. Quanto à alimentação, acredito que não vamos sofrer com isso — avalia Basso.
Em nota, o grupo Zaffari, informou que houve um aumento expressivo no movimento das lojas de Caxias do Sul, mas afirma que as operações estão bem abastecidos. A empresa afirma ainda que alguns produtos estão com estoques reduzidos, mas há substitutos nas próprias unidades. A rede Andreazza havia informado ainda nesta quinta que trabalha com estoques de 30 dias para todas as lojas, mesmo com movimento intenso.